Um pangolim* gerou ume enorme controvéria e a aglomeração de centenas de pessoas desde que entrou na noite de segunda-feira na cozinha da família Chaúque, no Bairro Ferroviário, cidade de Maputo. O animal só saiu da casa após a realização de uma cerimónia** dirigida pelo régulo Mahotas. A Polícia de Protecção teve de intervir. Leia aqui.
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*Mamífero (Manis spp.) que vive em zonas tropicais da Ásia e da África. Há sete espécies diferentes, as únicas representantes da família Manidae e ordem Pholidota. Tem o corpo coberto de escamas. Quando ameaçado, enrola-se como um ouriço-cacheiro. Não possui dentes e alimenta-se sobretudo de formigas que captura dentro dos formigueiros com a sua longa língua viscosa, estando filogeneticamente mais próximo dos carnívoros do que os papa-formigas sul-americanos. Trata-se de um caso de evolução convergente, em que espécies de grupos distintos evoluíram para morfologias semelhantes.
** Trata-se da kuphahla, que significa invocação dos espíritos dos antepassados.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
3 comentários:
Sim, é isso.
Belo, Fátima!!!!!
Fátima, olhe o que encontrei num blogue:
"A maior parte dos meus estudantes na Universidade estuda Física, mas acredita que os pangolins caiem com a chuva. (O pangolin é uma animal grande com escamas, que muito raramente se faz ver, está escondido em tocas. E é, normalmente, depois de chover que aparece.- nota de Ida Gonçalves). A gente ri-se destas coisas, mas quais são as crenças profundas que estão lá dentro? Como é que nós nos convencemos que estas pessoas estão a substituir estas crenças pela informação global que está aí? O aumento de oportunidades em termos de educação e o suposto intercâmbio cultural estarão, de facto, a significar uma inclusão real de todos os figurantes/espectadores neste processo que leva a um pensar global, ou estaremos, somente, perante uma inclusão formal, não acompanhada de uma transformação interior de pensamento que leve a uma melhor compreensão do mundo?"
- In http://comtextos-mce.blogspot.com/2005_10_01_comtextos-mce_archive.html
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