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*Mamífero (Manis spp.) que vive em zonas tropicais da Ásia e da África. Há sete espécies diferentes, as únicas representantes da família Manidae e ordem Pholidota. Tem o corpo coberto de escamas. Quando ameaçado, enrola-se como um ouriço-cacheiro. Não possui dentes e alimenta-se sobretudo de formigas que captura dentro dos formigueiros com a sua longa língua viscosa, estando filogeneticamente mais próximo dos carnívoros do que os papa-formigas sul-americanos. Trata-se de um caso de evolução convergente, em que espécies de grupos distintos evoluíram para morfologias semelhantes.
** Trata-se da kuphahla, que significa invocação dos espíritos dos antepassados.
5 comentários:
Considera-se que e um animal que da sorte.
Sim, é isso.
Aqui conto um caso do género de que fui testemunha, também significativo para alguma análise que se pretenda efectuar. Acho importante por se tratar de outro animal, pela localização do acontecimento e pela condição social de envolvidos.
Há 4/5 anos atrás, houve grande agitação na minha empresa, situada nas proximidades do Hospital Central de Maputo, com uma tartaruga (ou seria cágado?) com uns 40 cm de comprimento que muitos supunham ter surgido para dar sorte ao guarda de serviço. É que o Manuel, assim se chama ele, estava no jardim quando, de repente, viu estranhamente a seu lado o animal. Não podia haver outra explicação, nem mesmo vendo-se que o portão estava aberto: como pouco antes tinha estado a chover, o bicho tinha surgido do nada ou caído do céu para dar sorte precisamente ao Manuel. Para tristeza deste e incompreensão dos outros - uma secretária, jovem urbana, “moderna”, com escolaridade secundária quase completa, um motorista, outros guardas - surgi eu colocando outra hipótese, confirmada alguns dias depois. Uma casa das proximidades, privada que estava de um dos membros de um casal que possuía, veio reclamar o bicho. Enquanto isso, “Não acredita? É natural caírem animais destes com a chuva. Por quê, não sei, mas sempre ouvi dizer que acontece. Esta tartaruga veio para o Manuel.” – tentava a secretária convencer-me. É claro que a tartaruga foi provisoriamente do Manuel, que no nosso quintal respeitosamente a alimentava e protegia.
Belo, Fátima!!!!!
Fátima, olhe o que encontrei num blogue:
"A maior parte dos meus estudantes na Universidade estuda Física, mas acredita que os pangolins caiem com a chuva. (O pangolin é uma animal grande com escamas, que muito raramente se faz ver, está escondido em tocas. E é, normalmente, depois de chover que aparece.- nota de Ida Gonçalves). A gente ri-se destas coisas, mas quais são as crenças profundas que estão lá dentro? Como é que nós nos convencemos que estas pessoas estão a substituir estas crenças pela informação global que está aí? O aumento de oportunidades em termos de educação e o suposto intercâmbio cultural estarão, de facto, a significar uma inclusão real de todos os figurantes/espectadores neste processo que leva a um pensar global, ou estaremos, somente, perante uma inclusão formal, não acompanhada de uma transformação interior de pensamento que leve a uma melhor compreensão do mundo?"
- In http://comtextos-mce.blogspot.com/2005_10_01_comtextos-mce_archive.html
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