10 julho 2009

Renamo multiplica-se em acusações

Além de uma queixa-crime contra o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral, a Renamo - que continua a exigir a revisão da lei eleitoral - surge agora, de acordo com o "O País" online, a exibir "uma ficha de proponentes para a recandidatura do presidente da República, Armando Guebuza, reconhecida pelo Registo Civil de Alto-Molócuè, mas sem nomes dos apoiantes da candidatura. A Renamo acusa a Frelimo de usar processos fraudulentos na recolha de assinaturas para apoiar a recandidatura do actual presidente da República, Armando Guebuza, nas eleições de 28 de Outubro próximo."

12 comentários:

Viriato Dias disse...

Em outros países, onde as coisas funcionam a todo gás, era esta uma matéria para a justiça agir. Não se pode simplesmente ignorar. A história tem me provado isso, que nada vem do nada, seja para tomar responsabilidades, ou penalizar o calunioso, deve é haver justiça!

Um abraço

Anónimo disse...

A Renamo passa mais tempo a acusar do que a trabalhar, que saco!!!!!!!!

Anónimo disse...

Tao drogados com os frelos que nem admitem que a Renamo possa ter razao? Pobres drogados.
Cidadao q nao escorrega

Viriato Dias disse...

Caro Nero,

A tua intervenção sobre o post "Mugabe vs Carson" é um chamariz. Se calhar é aquilo que eu não consegui explicar aqui aos meus amigos bloguistas. Valeu, bem visto!!!

Um abraço

Anónimo disse...

My friends remembering presidential election of 2004:

"-94 polling stations had turnouts of 85 percent or higher (140 had turnouts of over 95 percent).
-241 polling stations had turnouts of less than 4 percent and 396 had turnouts between 4 and 8 percent.
-Over 25 percent of the votes were invalid at 93 polling stations and between 15 and 25 percent of votes were invalid at 160 stations.
-Suspiciously high and low turnout rates and invalid vote rates occurred mostly in areas where allegations of electoral fraud had been made.
-At the national level, irregularities in turnout rates and invalid votes were linked to party support (for example, high turnout rates were linked with support for Frelimo).

See -
http://www.id21.org/society/s8bjh2g1.html

Anónimo disse...

MACUACUA VOLTOU!!!!

ESTA IGUAL A SI MESMO!!!

DE TANTA "INSIGNIFICANCIA"...

AS MACUACUISES E MACUACUARIAS...

TORNARAM SE INSIGNIFICANTES!!!

PERDERAM GRACA!!!

QUEREMOS NOVO PALHACO!!!!!!!!!!

MZ

Viriato Dias disse...

Anónimo,

Percebo claramente a sua preocupação. E a pergunta que não quer calar é esta: onde é que as eleiões são puramentes livres? Bem, vai me citar um monte de exemplos, e vou aceitá-los só para lhe agradar o espírito e não levantar debates evasivos. O que se descute aqui, aliás o que mais me preocupa é o factar de se estar a endemoniar o presidente Mugabe com base em informações vindas de fontes não dignas de crédito, contra a vontade do povo. Temos que saber separar o trigo do joio.

Um abraço

Reflectindo disse...

Concordo plenamente com a amigo Viriato que em outros países, onde as coisas funcionam a todo gás, era esta uma matéria para a justiça agir. Mas vale a pena comecar com as queixas directamente à PGR que andar a lamentar na imprensa.

Há uma coisa: Será que a Renamo antes queixava à PGR por exemplo contra fraudes provadas? Lembro-me que uma vez critiquei a um com grande responsabilidade na Renamo por limitar-se a fazer queixas na blogsfera.

Outra coisa: que fazem os outros partidos da oposicão? Controlam o processo eleitoral e verificam as queixas que um partido apresenta, e, neste caso o que a Renamo apresenta?

E a sociedade civil???????

POR ELEICÕES LIVRES, JUSTAS E TRANSPRENTES

Reflectindo

Nkutumula disse...

Caro Viriato, eu estou contra o sinismo e camaleonismo dos ocdentais relativamente à personagem de Robert Mugabe. Quanto à fraude, creio tratar-se de um assunto entre Mugabe e Tsvangirai. Só não aceito que sacrifiquem o povo zimbabweano cortando a preciosa ajuda internacional para depois culpar Mugabe. Eles, os ocidentais, sabem muito bem que Mugabe nunca sairia do poder por causa do sofrimento do povo zimbabweano. Por ele, que morresse o último cidadão.
Tsvangirai fez uma óptima escolha ao aceitar criar um governo de unidade nacional. Ele é vulnarável e poderia porrer de forma infame (já foi chamboqueado!) com um paulada ou tiro na cabeça. Os militares e a Polícia haviam jurado que jamais obedeceriam a ordens de Tsvangirai. O que lhe restava como hipótes? R: aceitar Mugabe como seu superior.
A única via para Zimbabwe prosperar é a ralização de eleições livres e justas. Isso agora não é possível. Que saída? Governo de unidade nacional. Talvez seja difícil perceber porque as coisas se passaram no Zimbabwe.
Transponhamos o exemplo para Moçambique: imagine-se que Daviz Simango ganha eleições as eleições presidenciais em Moçambique e os Generais todos das Forças Armadas de Defesa de Moçambique e todos os Generais e Comandantes da Polícia da República de Moçambique declarem de viva voz que não obedecerão a qualquer ordem de Daviz Simango. Como ele governaria? Quem lhe garantiria segurança? Seria o caos! Isto viraria um navio no meio de um vendaval e icebergs! Deixemos de utopias e aceitemos que, no processo de democratização de África haverá sempre sinais de uma certa africanização da democracia.

Reflectindo disse...

Agora li sobre a segunda queixa e digo ainda que há necessidade de uma investígacão pela PGR, pois para além de constituir uma supeita de accão fraudulenta do partido no poder há também suspeita de acto criminal por parte da Conservatória do Registo Civil de Alto-Molócuè.

O comentário de Edson Macuácua é infeliz por não conseguir tirar-nos a dúvida. Se ele pedisse uma investigacão independente eu já podia pensar que isso não aconteceu. Também o Macuácua foi infeliz por dizer que Dhlakama enfrentava problemas para obter assinaturas. Só aceitarei se ele disser que os secretários dos bairros, as administracões locais e as Conservatórias do Registo Civil faziam barreiras.

Só que nada surpreende embora eu não possa compreender porque recorrer-se coisas iguais. Ninguém tem dúvidas que Armando Guebuza pode recolher as assinaturas necessárias (10000) com muita facilidade. Agora porquê recorrer coisas destas (se for verdade, claro)? Entretanto esta pergunta é também do porquê se recorre a tinta indelével se a Frelimo ganha sempre?

Reflectindo disse...

Nero,

Uma interessante e boa forma de analisar as coisas: separar duas coisas e é o já devia ter sido o nosso esforco na análise da questão do Zimbabwe. Pessoalmente tenho advogado que ao falarmos das eleicões zimbabweanas, a democracia no Zimbabwe e na Africa, precisamos de separar com o discurso ocidental e contra Ocidente. Acho que isso só serve para "turvar" o fundo das nossas questões internas. Em termos de processo democrático Zimbabwe a questão era entre Zanu-PF e MDC, Mugabe e Tsivangirai. O Ocidente, a questão de terra serviram de pedra para arremacar entre aqueles actores (Mugabe e Tsvangirai). Nunca acreditei e nem acreditarei que Tsvangirai quer recolonizacão do Zimbabwe e o seu povo morrer de fome por não ter terras férteis.

O ponto central africanizacão da democracia. Tenho livro sobre isso que não canso de ler, porque em cada capítulo ponho à prova a partir da democracia em Mocambique, reflectindo sobre cada partido, a actuacão de seus membros e simpatizantes, e o resto.

Voltando à questão do Zimbabwe, espero que muitos tenham lido a entrevista do nosso Ministro dos Negócios Estrangeiros em que diferenciou Zimbabwe do Madagascar. É o que Nero está a dizer.

Se a democracia nos apetece e aspiramos, precisamos de reflectir e atacar os principais problemas. Falamos em postagem errada? Não. Tudo podemos enquadrar também nesta postagem - A Conservatoria do Registo Civil, o STAE não estarão a africanizar a democracia????

Nota: sem correccao

Reflectindo

Viriato Dias disse...

É de louvar e apreciar os últimos comentários dos meus caros aqui, neste diário, que antes viam em Mugabe um assassino, corrupto, e outros tantos nomes, manchando por conseguinte o bom nome deste que para mim será e é um eterno herói do seu povo. Agora discute-se a questão das eleições, se houve ou não fraude, às agressões contra Tsivangirai, etc como se estivessem, e ainda bem, a reconhecer-lhe vitória verbal e factual contra o ocidente e a reforma agrária. Para mim é sinal de evolução mental daquelas pessoas que estavam nas "trevas", cuja história verdadeira há-de ainda vir à tona para dissipar dúvidas nos cépticos quanto a heroicidade e justiça nas acções de Mugabe.

O Tsivangirai não tinha outra escolha, era a bem dizer um prolongamento mental do Ocidente, uma espécie de ísca. O que queriam que a polícia fizesse contra Tsivangirai se ele, no momento de rebelião, zaragata, contenda estava a pertugar a ordem e tranquilidade públicas do país? Queriam que a polícia bate-se palmas? Não, agiu correctamente. A economia do Zimbabue, depois de tanto suspiro, está agora a dar sinais de crescimento.

Vou terminar com uma frase do Dr. Francisco Zacarias Mataruca, meu brilhante professor de História Política, em Nampula:m "Não há processos históricos sem vítimas, como também não há e nem pode haver processos históricos perfeitos, apesar de boas intenções de quem a p´ratica."

Um abraço