Mais um pouco desta série, mais um pouco de um registo percepcional.
O Sr. PE, que vive no Bairro…, mas que foi entrevistado no Bairro…:
"Cheguei aqui vindo de Sofala mas até aqui ainda não consegui arrumar nenhum emprego. (…) Quando aqui cheguei em 2001, não existiam estrangeiros e comecei a notar a presença deles nos últimos anos, principalmente em 2006. (…) eu tenho conversado com os Burundeses, Nigerianos e Ruandeses (…) são eles que dominam quase todo o mercado. (…) eles não relacionam bem connosco e também rezam numa igreja que nós Moçambicanos não participamos (…). Quando eles casarem, solicitam mulheres do país deles (…) Eles não empregam Moçambicanos e se empregam haverá uma razão professional, porque o normal é trabalhar entre eles. (…) o Moçambicano não tem emprego, não tem crédito e só isto seria motivo de revolta contra os estrangeiros e dizer chega, voltem para os vossos países. Há pessoas aqui que insultam e murmuram contra esses estrangeiros, mas tudo termina apenas em murmúrio (…)
Adenda: (1) existem em Georg Simmel coisas muito interessantes sobre o estrangeiro. Por exemplo: o distante no próximo; na história da economia, por todo o lado o estrangeiro assume a figura do comerciante e este, a do estrangeiro; (2) altura haverá em que darei a conhecer os resultados de uma pesquisa que dirijo sobre o tema potenciais de xenofobia em Moçambique.
O Sr. PE, que vive no Bairro…, mas que foi entrevistado no Bairro…:
"Cheguei aqui vindo de Sofala mas até aqui ainda não consegui arrumar nenhum emprego. (…) Quando aqui cheguei em 2001, não existiam estrangeiros e comecei a notar a presença deles nos últimos anos, principalmente em 2006. (…) eu tenho conversado com os Burundeses, Nigerianos e Ruandeses (…) são eles que dominam quase todo o mercado. (…) eles não relacionam bem connosco e também rezam numa igreja que nós Moçambicanos não participamos (…). Quando eles casarem, solicitam mulheres do país deles (…) Eles não empregam Moçambicanos e se empregam haverá uma razão professional, porque o normal é trabalhar entre eles. (…) o Moçambicano não tem emprego, não tem crédito e só isto seria motivo de revolta contra os estrangeiros e dizer chega, voltem para os vossos países. Há pessoas aqui que insultam e murmuram contra esses estrangeiros, mas tudo termina apenas em murmúrio (…)
Adenda: (1) existem em Georg Simmel coisas muito interessantes sobre o estrangeiro. Por exemplo: o distante no próximo; na história da economia, por todo o lado o estrangeiro assume a figura do comerciante e este, a do estrangeiro; (2) altura haverá em que darei a conhecer os resultados de uma pesquisa que dirijo sobre o tema potenciais de xenofobia em Moçambique.
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