06 março 2010

Riqueza (2)

Mais um pouco desta série, com algumas hipóteses.
Na República Samoriana (1975/1986), o lema de certos grupos produtores de opinião tomava como referências o trabalho colectivo e a sobriedade de vida.
Na República Chissaniana (1986/2005), período de transição, o lema deixou pouco a pouco de ser esse. O enriquecimento de certos sectores começou e expandiu-se, mas não foi acompanhado de uma apologia pública da riqueza, salvo em alguns núcleos religiosos neopentecostais (nomeadamente no que concerne à Igreja Universal do Reino de Deus, a partir dos anos 90).
Na República Guebuziana (2005>), com a burguesia consolidada, a legitimidade do enriquecimento é clara e publicamente afirmada e incentivada, de par com uma apologia global ao nível das igrejas pentecostais (agora em maior número).
Nota: em qualquer altura posso operar modificações no texto, o que, a suceder, será assinalado a vermelho.
(continua)
Quer o leitor apresentar uma versão diferente?

2 comentários:

ricardo disse...

Creio que, nas fases Chissanista e Guebuziana, esta a omitir o peso significativo do facto se ter tornado num corredor do trafico de substancias ilicitas e psicotropicas, que constitui um mundo a parte, com leis e regras proprias - normalmente associado a um grupo racial especifico - que colabora com o poder instituido, mas nao e controlado por ele.

Este mundo clandestino, e um estado dentro de outro estado. Ninguem o conhece em profundidade. E nem existem estudos sociologicos de Mocambique que o permitam caracterizar.

Funciona como uma estranha relacao de amizade entre cao e gato.

Guebuza, um pragmatico nessas coisas, aplica hoje o principio "se nao os consegue vencer, junta-te a eles". Com sucesso crescente.

umBhalane disse...

Bancada, de.