12 março 2010

Executiva

Sabe, professor, o senhor é professor catedrático, o seu lugar não é aqui na económica, é na executiva - assim me disse, não há muito tempo, alguém que estava a meu lado numa viagem de avião intercontinental. Muito interessante esta exigência de estatuto privilegiado no mundo académico, esta exigência - com densidade moral -, de conforto intelectual, de primeira classe para os neurónios executivos, desligados das funções produtivas imediatas.

5 comentários:

Abdul Karim disse...

Agora nos ? que nem titulo... nem nada.

Vida 'e chata... sem titulo.

umBhalane disse...

Shiiiiiii, Karim!

Também não é assim.

Título, de verdade mesmo, não é doação, parceria, expropriação.

Tem que aplicar, mesmo.

Abdul Karim disse...

Aplicar tipo macuacua ??

Ahh UmBhalane, voce sabe que eu nao sou da frelimo, agora eu vou aplicar como ?

'E melhor esquecer executiva, ecomica ja esta dificil tambem, pior executiva.

Classe media passa mal... pior pobre... nem assento no chapa nao consegue.

Viriato Dias disse...

Difícil esta maneira de observar as coisas, ou melhor, de considerar as pessoas pelos títulos...Assim é que não dá mesmo. O ladrão chefe ou doutor, no Brasil, é ladrão menor....A lei quando é aplicado em excesso, mata a lei. E quando não é aplicada, também mata a lei. Que fazer? Estou a citar anónimo.

Zicomo

Anónimo disse...

O nosso Estado gasta ou gastava milhoes de dolares para que directores e outros chefes viajassem em classes executivas. Esses dinheiros que poderiam ser gastos no pais com escolas mais decentes, com comida para alguns alunos, com carteiras para nao estudarem em baixo de arvores... com centros de saude, com estradas e outras tantas coisas para reproduzirmos a nossa riqueza.
Tudo isto porque nao lhes sai do bolso. É do bolso do cidadao! Se fosse dinheiro deles,pessoal estou convencido que viajavam na economica e deles aplicariam o dinheiro noutras coisas melhores, para o seu bem. Como não é, e ninguem pede ou tem capacidade para exigir contas... Ficamos todos assim. Ricos por uns instantes e pobres para a eternidade.
MF