Do editorial do semanário "Savana" com data de 19/03/2010, a propósito do que parece ser o término do aparente conflito entre doadores e o nosso governo: "Quando ainda é temerário fazer-se um balanço do que realmente foi ganho com o cerrar de posições em torno dos principais desembolsos para os gastos correntes de Estado para o presente ano, mais importante ainda é apurar-se se toda a crise não poderia ter sido evitada."
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
1 comentário:
Mais uma vez assistimos um espectáculo gratuíto. O Governo e os Doadores conhecem-se. Há interesses que nós, o povão, desconhecemos. Trata-se de segredos do Estado e até certo ponto dos Doadores.
Disse há dias aqui neste Diário que a cultura e o comércio são chave-mestras para evitar o conflito. E não me vou alongar a isso, aos interessados basta escavar o meu comentário nesse sentido.
Agora, peço desculpas por este comentário. Continuo a achar que Moçambique não está à venda. Os Doadores não tem que vir à pátria mãe com leis nem regras para impor aquilo que constitui a nossa esteira de vida. Podem fazê-lo em relação aos projectos por eles financiados, ou até então ao OGE, mas não na vida do Estado, nem na minha.
Estou contra isso. Repito, Moçambique não está à venda. Quem apoia é porque quer e se sente obrigado a fazê-lo, por isso deve respeitar a nossa dança. É curioso como esta insistência para mudar a lei só acontece depois do MDM ter sido afastado vergonhosamente pela CNE. E não me esqueci do pobre papel do seu presidente que até então eu venerava.
Zicomo
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