Uma fonte governamental disse-nos que o presidente Guebuza tenciona visitar os 128 distritos do país antes de a eles voltar para a campanha eleitoral em Setembro e Outubro próximos. Já visitou 32, faltam 96. As presidências abertas são excelentes oportunidades de contacto directo com o povo. Porém, há dois problemas fundamentais a ter em conta: primeiro, são um exercício abusivo de despesa - "sem igual na história recente do país" - no preciso momento em que gritamos que a crise internacional nos bate à porta, exercício abusivo que exige alugar quatro helicópteros ao estrangeiro e mobilizar "autênticos contigentes humanos"; segundo, traduzem um "micro-geranciamento" de assuntos que competem ao dia-a-dia dos chefes de posto, dos administradores, dos governadores, dos ministros, etc. Não é de presidências abertas que precisamos, mas de "políticas públicas correcta e racionais, implementadas por dirigentes competentes e empenhados, guiados por princípios de rigor, transparência, prestação de contas e responsabilização individual e aberta." - resumo do editorial desta semana do "Magazine Independente", com o título "De quantas presidências abertas precisa o país!", escrito pelo jornalista Salomão Moyana (p. 7).19 maio 2009
Presidências abertas: despesismo e micro-gerenciamento evitáveis
Uma fonte governamental disse-nos que o presidente Guebuza tenciona visitar os 128 distritos do país antes de a eles voltar para a campanha eleitoral em Setembro e Outubro próximos. Já visitou 32, faltam 96. As presidências abertas são excelentes oportunidades de contacto directo com o povo. Porém, há dois problemas fundamentais a ter em conta: primeiro, são um exercício abusivo de despesa - "sem igual na história recente do país" - no preciso momento em que gritamos que a crise internacional nos bate à porta, exercício abusivo que exige alugar quatro helicópteros ao estrangeiro e mobilizar "autênticos contigentes humanos"; segundo, traduzem um "micro-geranciamento" de assuntos que competem ao dia-a-dia dos chefes de posto, dos administradores, dos governadores, dos ministros, etc. Não é de presidências abertas que precisamos, mas de "políticas públicas correcta e racionais, implementadas por dirigentes competentes e empenhados, guiados por princípios de rigor, transparência, prestação de contas e responsabilização individual e aberta." - resumo do editorial desta semana do "Magazine Independente", com o título "De quantas presidências abertas precisa o país!", escrito pelo jornalista Salomão Moyana (p. 7).
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12 comentários:
A este tipo de despesas se chama em bom português, ABUSO!
É bom que o povo vá abrindo bem o olho e em conformidade vote.
Tenha a santa paciência Sr. Presidente. Isso é pré-campanha, paga pelos cofres do estado.
Mas que interesa não é? Estamos em tempo de crise a nadar em matambira.....
Salomao Moyana,Tem Muita Razao.
Salomao Moyana esta Preocupado.
'e Mocambicano.
Nao consegue ver o seu POVO a sofrer.
Abdul Karim
É mais uma despesa fútil e totalmente desnecessária. São custos que os moçambicanos terão de pagar com os seus impostos. Estamos a encher um tambor furado. Mesmo cá, em Portugal, tanto o presidente da república como o primeiro-ministro para se deslocar ao estrangeiro precisam de ter um "aval" da Assembleia da República. E mesmo assim poucas vezes é que viajam... Estamos a fazer o contrário na luta contra a pobreza, estamos a semear a pobreza.
Um abraço
Professor,
'e possivel meter um attachment com o texto na integra, do Moyana, ai no post?
Não, não é possível, fiz o resumo a partir do jornal que comprei.O texto é muito grande.
Por causa da corrupacao e despesas excessivas dos MPs do Parlamento da Inglaterra e as tentativas evasivas do Presidente do Parlamento Britanico justificar-se, foi obrigado a demitir-se. Tentou resistir por quase dois meses e hoje caiu fora. E pais desenvolvido e nao aceita esses mimos que nos temos em Mocambique.
Ha muito abuso de poder em Mocambique. Sabiam que em cada viagem do Prisedente, compra-se loica nova para as recepcoes nas cidades provincias e nos distritos??? Investiguem.
Crise financeira...qual que!!! combate a pobreza...!!! vamos entretendo o povo.
É preciso ver o outro lado da questão, a outra face da moeda.
Imaginemos o aparato da chegada da comitiva, com os meios referidos, e tentemos vislumbrar a atitude do Povo, Povo mesmo.
Visitado pelo Presidente, na sua terra, a ouvir-lhes, eles a lhe falarem,...afinal,...não é todos os dias que se recebe um Presidente, mesmo em Moçambique.
Juntemos ao espectáculo, a falta de informação dessa camada da população, a falta de cultura política, a falta de conhecimento das preocupações referidas.
E o que é que temos, afinal.
O Povo "contente" a bater palmas ao Presidente, a rir-lhe.
Esse poder, a sua utilização "casual", vão dar frutos nas próximas eleições.
"Com papas e bolos se enganam os tolos"
E Guebuza sabe-o muito bem,
e é dono de um País, de um Estado!
Não gosto é de apelidos/anónimos para esconder o nome de quem é autor da crítica.
Em Moçambique as pessoas se acovardam diante do estado e da política, declaram não poder ser atuantes na política, a imprensa se declara imparcial, jornalistas, com rara execepção, evitam comentar ou assumir uma posição política, enfim, a bem da verdade as pessoas querem é só dizer alguma coisa e GANHAM uns pontos de "bom cidadão" se assumirem uma posição, que raramente tem cunho de interesse público...
Daí o ponto. Alguém assinou e continuou anónimo??!!
Guebuza esta sem duvidas num periplo eleitoral financiado pelos cofres publicos.
Nao digo que a "presidencia aberta seja inefectiva", ela pode trazer vantages para o povo, pois o presidente esta constantemente sujeito as relatorios dos administradores sobre a situacao dos distritos, e portanto estes podem os pintar para servir os seus interesses. Um contacto directo com o povo, nao so mostra que o governo esta para servi-los, mas tambem introduz um nivel directo de monitoracao do trabalho dos administradores ... entao eh uma iniciativa boa.
Mas tal monitoracao vem numa altura bem interessante, proxima as eleicoes gerais ... o presidente podia testar a satisfacao do povo a tempo de responder as suas preocupacoes, nao numa altura em que pode estar a porta da saida.
O presidente podia conduzir uma presidencia aberta com menos despesas e menos luxo.
As vezes custa me acreditar nisto! Quando Guebuza iniciou as tais 'Presidencias Abertas' disse claramente aos meus amigos que isto nunka iria funcionar pois temos la no terreno toda maquina pronta a trabalhar. Os Governadores,Administradores e tantos outros chefes espalhados la no terreno devem prestar as contas. Claro, e necessario um policiamento e, temos deputados que deviam policiar esses assuntos.
Recordo-me quando o Sr Presidente foi a Kongolote(uns 25KM do Centro de Maputo) alugaram os tais helicópteros. Sao apenas 25KM de Maputo e, as vias de acesso, embora nao sejam aceitaveis, os Pageros entram la sem stress nenhum! Viva o Combate a Ignorancia dos Nossos Governantes.
Boaventura Matule
Ao anónimo que quer ver na integra, do Moyana, aconselho que o veja no mdmwiki.wetpaint.com/Por uma nação plural/Presidencia aberta.
IF
Viva junto-me a todos neste debate para chorar e reclamar convosco sobre as satrapas em que vivem os nossos dirigentes. AZAGAIA foi muito bem claro ao chamar-lhes combatentes da fortuna, ontem roubaram de balalaica, hoje roubam de fato e gravata. Meus senhores 6 helicopteros para campanha nao sai barrato e de onde eh que vem tanto dinheiro num pais terceiro mundista ate a exastao. Com indices de pobresa vergonhosos, para que tanto luxo, esbanjamento e arrogancia. Espero que nos unamos no sentido de controlar tantos excessos, comeca contigo comigo com todos.
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