14 outubro 2008

Bolsa informal de Argel em crise (e em Moçambique?)

Na bolsa informal de Argel há reflexos da crise capitalista mundial. Por exemplo, no mercado Clauzel, centro da cidade, a divisa vende-se a conta-gotas, dólar e euro estão em baixa. Os cambistas dizem aos clientes para voltarem alguns dias depois. Confira aqui em francês. Se quer ler em português, faça uso do tradutor google situado no lado direito deste diário. Obrigado ao Ricardo, meu correspondente em Paris, pelo envio da referência.
Pergunta: e em Moçambique, existe algo similiar?

8 comentários:

Miguel disse...

De certeza que em Moçambique se passa a mesma coisa, mas a nossa querida PM diz que a sanidade financeira mantém-se! Deve ser para evitar o pior que ainda vêm aí, sim porque infelizmente os Estados todos decidiram ir atrás do maravilhoso plano capitalista dos EUA, e agora se os "bosses" tão em crise os "cheira-rabos" também irão estar! É inevitável! a ver vamos!!! Acho que é desta a Babilonia vai cair! Para bem de uns e para mal de outros!

António Leão disse...

Em princípio, por paradoxal que possa parecer, o problema vai afactar de uma forma mais visível as chamadas economias ricas, do que as outras, menos ricas, ou deficitárias.
Explicando: o problema nos EUA nasce com os chamados "fundos tóxicos", que, normalmente, foram adquiridos por aqueles que tinham excesso de liquidez.
Ora, pobre não tem excesso de liquidez, logo, não compra "fundos tóxicos". Logo é pouco provavel que as economias dos países menos ricos sejam - directamente - afectadas pela crise em discussão.
Questão diferente é a de saber até que ponto esta crise poderá afectar as doações, cooperação etc. mas aí já falamos de efeitos indirectos. Ás vezes vai dar ao mesmo, mas não é a mesma coisa.
Quanto aos cambistas, bom isso é mercado: os cambistas compraram as divisas em causa, a um preço elevado; neste momento estão em baixa; perderiam bastante dinheiro. Solução: volta daqui a três ou quatro dias, pode ser que a crise esteja em vias de resolução, e eu não perca tanto dinheiro.

Miguel disse...

Adorei a solução!
Fiquemos á espera mesmo!

Carlos Serra disse...

Excelente, António Leão!

Anónimo disse...

Bom o rand, a divisa maisforte proxima de nos comercializa-se abaixo de tres mil meticais, quando a pouco tempo quase chegou aos quatro, mas como a primeirissima disse nao tem nada a ver com a crise, deve ser coisa do Zuma so.

Joaqum Macanguisse disse...

" socialismo é a melhor forma colectiva de viver a pobreza" no meu ver uma das caracteristicas forte do socialismo e na nacionaliacao , é a procura do estado em ser dententor do poder economico ,da gestao da producao ,com tudo isso pretendo alertar a um debate pelo facto do bush estar apostado em nacionalizar os bancos
Porque a nacionalizacao!
quando o poder economico fica fica sob controlo total do sector privado, começa a haver um maior campo para especulacao dos preços,o factor determinante de aplicacao dos precos passa a ser o nivel da procura , muitas vezes nao se reparando na capacidade media de compra do povo.e para algumas economias aonde o sector de credito é aberto e facilitador , passa-se a ter-se muita gente a fazer emprestimos bancarios e em algumas vzes sem por em conta a sua capacidade individual de devolucao do credito.


Depois do sucesso dos planos europeus, George Bush seguiu o exemplo da Europa e anunciou a compra de acções de bancos americanos pelo estado. http://www.bbc.co.uk/portugueseafrica/news/story/2008/10/081015_useconomysm.shtml

Joaqum Macanguisse disse...

involuntariamente poistei o comentario anterior antes da devida correcao . postando de novo tenho-
" socialismo é a melhor forma colectiva de viver a pobreza" no meu ver uma das características forte do socialismo é a nacionalizarão , a nacionalização é caracterizada pela procura do estado em ser detentor do poder económico ,da gestão da produção ,com Porque a nacionalização!
quando o poder económico fica sob controlo total do sector privado, é suposto que haja um maior campo para especulação dos preços, e o factor determinante para estipulação dos preços passa a ser o nível da procura ,
muitas vezes não se reparando na capacidade media de compra do povo, para algumas economias aonde o sector de credito é aberto e facilitador , passa-se a ter-se muita gente a fazer empréstimos bancários e em algumas vezes sem por em conta a sua capacidade individual de devolução do credito. Ai surge um outro fenómeno que chamaria de falência do poder familiar em sustentar as suas necessidades básicas, pois tendo todos seus ganhos financeiros virados a pagamentos de créditos.podendo afectar na contribuição familiar para educação ,saúde e alimentação

é fica mais interessante analisar o assunto quando a nacionalização ( do sector bancário realço )passa a ter seu epicentro nos EUA
Depois do sucesso dos planos europeus, George Bush seguiu o exemplo da Europa e anunciou a compra de acções de bancos americanos pelo estado. http://www.bbc.co.uk/portugueseafrica/news/story/2008/10/081015_useconomysm.shtml

Carlos Serra disse...

Muito obrigado pelas referências.