Estava eu a pensar que em Gaza os trabalhadores da ECMEP não recebem os seus salários há 14 meses (de acordo com a Rádio Moçambique em noticiário de anteontem) e, por extensão, na forma como certas empresas ainda com o dedo do Estado têm sido conduzidas à falência, quando li, há momentos, a habitual crónica do Sr. Mini Macatai Mathendja, três grossas colunas no semanário "domingo" de hoje (p. 9). Segundo o autor, exceptuando os casos em que as viaturas das empresas transportadoras em Moçambique foram queimadas pelos "bandidos armados da Renamo" (sic) durante a guerra civil, é preciso ter em conta que muitas companhias de transporte de passageiros de longo curso têm falido porque o feitiço é o responsável imediato dos acidentes nas viaturas. O último parágrafo da crónica do Sr. Mathendja tem esta sentenciosa frase: "A feitiçaria ao serviço do diabo".
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
5 comentários:
Atenção: No seu programa semanal de humor, A Rádio Moçambique está neste momento a transmitir uma excelente sátira da Assembleia da República.
Obrigado!!!!!
Tento recordar-me do nome do extraordinário cómico...Pode dar-me o nome? Será "xacaticazero"?
I wonder... porquê nunca se utiliza o feitiço para o desenvolvimento e o crescimento?
Boa questão! Pois é, expressão da força maligna que é, só é usado para fazer mal..
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