Até ao século XV há, na Europa, registo de mulheres médicas e especialmente obstetras, trabalhando em casa com base numa mistura de magia e de conhecimento ervanário. Quando se institucionaliza a universidade europeia, a sua frequência passou a ser um pré-requisito para o exercício da medicina. Com a caça às bruxas, a arte feminina de curar tornou-se crime de feitiçaria. Acrescente-se que nos trezentos anos da Santa Inquisição (1450/1750), foram mortos nove milhões de “bruxos”, 80% por cento dos quais mulheres e, também, crianças.
A universidade passou a ser um território exclusivamente masculino. As mulheres continuaram em casa, arcando com os velhos mitos criados desde Platão (que escreveu que as mulheres eram uma reencarnação perversa dos homens que, na primeira encarnação, se tinham portado mal ou covardemente) e de Aristóteles (que defendeu que as mulheres não tinham alma) em torno delas: poderes e fluidos maléficos dos ovários, vaginas denteadas e vorazes, furor uterino, cérebro mais pequeno do que o do homem, prisioneiras das hormonas, etc.
Há cerca de cem anos, o reitor da Universidade canadiana de Laval, Sr. Olivier Nathieu, disse o seguinte, quando da entrega do primeiro diploma da instituição a uma mulher: “ As mulheres são demasiado inteligentes para saber que devem ser como as flores que não exalam o seu perfume senão na sombra." - recorde a data desta postagem aqui.
3 comentários:
.EU não estou de acordo.Não podemos inverter posições. A mulher fica no seu lugar, o homem fica no seu. Tenho dito.
Não acredito que um pensamento tão retrógado como do sr Tivane possa existir. Não acredito
Lara
Depende do lugar que o sr. Tivane imagina que a mulher devera tomar. Eu concordo com ele, porque nunca gostaria de estar no mesmo lugar que ele.
Enviar um comentário