21 fevereiro 2007

Quem será a (o) futura (o) dirigente da UEM?


A imprensa tem dado a conhecer nomes de possíveis reitoráveis.
Eis alguns outros possíveis reitoráveis, cujos nomes correm nos bastidores: Ana Monjane (directora científica), Benigna Zimba (chefe do Departamento de História), Orlando Quilambo (vice-reitor académico) e Armindo Ngunga (director da Faculdade de Letras e Ciências Sociais).
Entretanto, quero acreditar que haverá sensibilidade política suficiente para se não se pensar politicamente sobre a (o) futuro (a) dirigente da UEM.
Quero acreditar que quem for escolhido reunirá pelo menos as seguintes três condições, entre outras: ser da UEM há, pelo menos, 15 anos; ter o grau de Doutor; e posssuir obra científico-pedagógica reconhecida.
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Tenho, por hipótese, que mexidas na direcção das outras universidades públicas poderão ocorrer.

5 comentários:

Anónimo disse...

Bom dia Prof. C. Serra,
Concordo que o sucessor de Brazão Mazula tem que ser alguém que conhece muito bem a UEM. A pessoa em causa pode não ter, na minha óptica, 15 anos na instituição, mas pelo menos 10. E tem que ser DOUTOR com obra...de facto!

Assim, confesso, aqui e agora, que o Pe. Filipe Couto seria uma má aposta por várias razões, de entre as quais saliento o facto de ele não parecer uma pessoa dialogante, ponderada e aberta, como o demonstrou quando foi reitor da UCM, particularmente no que tivesse a ver com a vida dos estudantes.

Sobre se tem que ser um homem ou uma mulher, para mim isso não importa muito. Tem que ser, isso sim, uma pessoa com prova dada.

De entre os nomes que circulam por aí, dois me parecem muito bons. Por uma questão de low-profile, não direi que os outros são maus: são, para mim, bons e não muito bons. Os meus reitoráveis: Professora Doutora Lídia Brito e Prof. Doutor Orlando Quilambo. Porquê?

Ambos são dialogantes, ponderados e abertos. E conhecem muito bem a casa, jogando ainda a seu favor (a meu ver, claro!) o facto de serem humildes em quase todas as esferas.

Abraços de Ericino de Salema

Carlos Serra disse...

Ericino: quer Lídia quer Quilambo são excelentes, ela como engenheira agrónoma, ele como biólogo, ambos competentes, ambos com obra científica, ambos honestos. A ver vamos!

Egidio Vaz disse...

O meu problema não esta apenas NO futuro reitor. Esta também NOS seus colaboradores. estes soa os que me apoquentam. Saber quem rodeara este futuro Reitor, ou COMO e QUEM devera rodear o futuro Reitor e de capital importância, senão vejamos:
1.Brazao Mazula recebeu do Professor Narciso Matos uma UEM menos mal. Ele a deixa Pior. Precisam de provas? Sim, e aqui vão algumas evidencias:
- A crescente politização da UEM, havendo Directores de Faculdades que anunciam bem alto, mandando colar em paredes da Faculdade a sua ausência do local de trabalho "para atender uma missão Partidária"
- A purga levada a cabo a uma classe de investigadores brilhantes, antes afectos ao CEA, bem como o emagrecimento de orçamento para a investigação Cientifica.
- A perseguição sem quartel aos lideres estudantis, levada a cabo ou pelo corte de Bolsas de Estudos, ou através da sistemática reprovação (o anterior Presidente da AEU foi disso vitima na faculdade de Engenharias). Eu também fui vitima na Faculdade de Letras-alguém meteu-me num quarto e começou a investigar-me, quando, em 2002 Fundei o Centro de Reflexão e Debates dos Estudantes da UEM, fortemente patrocinada e apoiada pela Professor Maria Inês Nogueira da Costa, Directora da Direcção Cultura e Desportos da UEM. As mesmas pessoas, OBRIGARAM a Professora Inês a deixar de nos apoiar, facto que não ACONTECEU, dada a sua lucidez!
- As condições laborais do CTA deterioraram, com a retirada dos autocarros que os transportavam de e para perto das suas casas.
- os critérios de atribuição de bolsas seja de Estudos para Mestrado, seja de investigação deterioraram bastante. As publicações baixaram, na UEM. Seja os Estudos Moçambicanos, seja publicações da Imprensa, tirando o professor Cerra, poucos são os que dela publicam.
2.Brazao Mazula "matou" ou silenciou muitos Professores renomados, seus críticos, esquecendo-se que estava na Universidade, centro de debate de ideias, palavras que tanto gosta de usar: Professores Patrocínio Silva, Terezinha da Silva, Rogerio Utui, Sandra Silva, Miguel Buendia, etc, etc...
3.O grupo de BM humilhou, feriu e disparou contra estudantes desde 1996, usando seja a PIR, seja a FIR seja A PRM seja as milícias da UPS, durante as greves legitimamente fundamentadas e dentro de padrões autorizados. Da ultima vez, em 2005, tentou esse grupo, politizar o assunto sem nunca ter olhado para a plausibilidade das reclamacoes de estudantes.
4. Brazao Mazula aceitou dialogar com estudantes, nem os visita desde 2001, ALTURA EM QUE TIVERAM LUGAR AS ELEIÇÕES INTERNAS PARA ELEIÇÃO DE 3 PROFESSORES REITORAVEIS, tal como mandam as regras. E ele, primeiro enfrentou um grande grupo de Professores que o afrontavam, como Professor Inocente Vasco Mutimucuio e seu grupo. Depois, quando este grupo viu que as regras de jogo estavam sendo sistematicamente viciadas, desistiram do Concurso, tendo Mazula e seu grupo, enfrentado um GIGANTE adversário: abstenção.
Portanto, e como vem, estou muito mais preocupado com a recuperacao da imagem da UEM do que do Reitor em si, apesar de também ser fundamental. Afinal, a ele cabe a ultima decisão de formar o grupo, capaz de satisfazer os anseios de todos.
Pela ciencia, a luta continua.

Anónimo disse...

Egídio,
Decididamente, estás mesmo preocupado com o desenvolvimento da ciência.
Força e abraços de ES

Anónimo disse...

Embora Português de nascimento, considero-me também Moçambicano, pois vivi onze anos em Moçambique, vou aí sempre que posso, acompanho a realidade do país, tenho algum trabalho aí feito, preocupo-me com as calamidades, congratulo-me com os sucessos e mantenho contacto com amigos daí, os quais fazem parte da minha rede de afectos mais exclusiva. Penso que tudo isso me dá alguma legitimidade para dizer algo sobre Brazão Mazula, pessoa que conheci há uns anos por motivos profissionais. Confesso que algumas atitudes observadas no "Magnífico Reitor" sempre me causaram estranheza. Atitudes arrogantes e inconvenientes que inclusivamente atingiram a instituição que eu representava, acabando por lhe fechar portas e levando à suspensão de protocolos com a UEM, cuja concretização seria muito proveitosa para Moçambique. No entanto, de todas as vezes que nos encontrámos, fiquei com a sensação que Mazula depositava excessiva confiança e era muito mal aconselhado por algumas pessoas que protegia e que o adulavam, todos detentores de cargos de responsabilidade, especialmente numa tal Fundação Universitária cujas bases ajudei a criar...
Erros toda a gente comete e são perdoáveis, desde que involuntários e não dolosos. Porém, a gestão de uma instituição prestigiada como a UEM, requer mais do que boa vontade e é incompatível com a suspeição. Forçosamente, o Reitor terá que ser uma pessoa tão consensual quanto possível na sociedade Moçambicana. Terá que deter público e amplo reconhecimento em termos de competência, experiência, honestidade, bom senso e visão para o futuro. Em suma: terá que ter credibilidade e idoneidade. Espero que os meus queridos irmãos Moçambicanos encontrem uma boa solução para a Reitoria da UEM!
Um abraço solidário do
José Manuel Candeias