Em língua chinesa, o termo crise tem dois caracteres: 危机. O primeiro, 危, significa perigo e o segundo, 机, significa oportunidade.
Essa a matriz dialéctica do livro de Al Gore com a capa em epígrafe.
Essa deve ser também a matriz de pensamento no nosso país face às nossas florestas. E de forma urgente. Para que a nossa alma não fique desflorestada. Vamos a ver a actuação do novo ministro da Agricultura.
1 comentário:
Quando ha uns anos Al Gore usou a questao do aquecimento global e assuntos ambientais em geral como tema principal da sua campanha eleitoral a Casa Branca, nem os proprios americanos o levaram em conta e limitaram os seus alertas a simplesmente "discurso politico-eleitoral" , o que ate podia ser, mas nao so. Ha um mes foram publicadas previsoes assustadoras sobre os efeitos do aquecimento global dentro de 100 anos, murmurios serios comecaram em todos os cantos do mundo real, onde as medidas a tomar sao consideradas em termos "tecnologicos".
Ora,Mocambique nao e' um pais tecnologicamente desenvolvido, a degradacao ambiental e' preocupante mas contrariamente ao que o termos "perigo e oportunidade" sugerem, os mocambicanos, com sede de prosperar, apenas se preocupam em explorar para ganhar lucro - oportunidade. E' exemplo claro a exploracao desenfreada da madeira um pouco por quase todo o pais, de forma muito contraria aquela anunciada pelos regulamentos da lei de florestas e fauna bravia. Para alem de exploracao ilegal, temos o desrespeito dos limites e periodos de exploracao por parte daqueles que tem autorizacao para esta actividade. Entao, enquanto o governo nao tomar medidas severas de controlo e penalizacao dos infractores, a exploracao nao so da madeira, mas de outros recursos tao essenciais a nossa economia e desenvolvimento, continuara insustentavel e empobrecera cada vez mais o pais. O problema se torna ainda mais grave quando nacoes como a China se aproximao do nosso pais, perdoam a divida e aumentam investimentos quando, em troca, exploram minerios, madeira, recursos do mar, e outros tantos bens nossos, sem que o pais tire um proveito directo real dessas "exportacoes". Nao sei qual e' a consciencia publica mocambicana em relacao a esta questao mas certamente o nosso governo tem uma tarefa seria a concretizar.
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