17 fevereiro 2007

Os bons malandros do nosso futebol em seus malandros ditos doutos


Antes do jogo da primeira mão na primeira eliminatória de acesso à qualificação para os jogos olímpicos Beijing-2008, no qual perdemos hoje com a Argélia por 3/0, aqui em Maputo, no campo do 1.º de Maio, o Sr. Miguel Chau, treinador da nossa seleção nacional de futebol feminino, lamentou "o facto de a equipa nacional não ter tido tempo suficiente de preparação". Foram apenas "uma média de duas semanas de preparação" - disse ("Notícias" de hoje, 17/02/07, p. 10; a versão online é omissa sobre isso).
Depois, aos 30 minutos de jogo, o locutor da RM do jogo afirmou que "alguma coisa falta à equipa nacional" e, aos 40, já com as Argelinas a ganhar por 3/0, observou que estávamos perante "um resultado que não interessa de certa forma".
Felizmente que ninguém no fim do jogo decidiu embarcar nas habituais justificações que exibimos quando perdemos: vento, cansaço, mão conspiratória do árbitro, etc.
Mesmo assim, de certa forma estamos cheios de bons malandros nos improvisos futebolísticos deste país e, especialmente, nesta média de duas semanas.

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