05 maio 2006

A força determinante

«A força determinante não é a violência dos dominantes, mas o consentimento dos dominados à dominação»[*].
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[*]Godelier, Maurice, Les processus de formation de l'État, in Kazancigil, Ali (dir), L'État au Pluriel, Perspectives de Sociologie Historique. Paris: Economica, UNESCO, 1985, pp.21-22.

2 comentários:

Anónimo disse...

« Qdo o tirano nao é apoiado pelo seu grupo de bajuladores e pela passividade cumplice do povo, por eles, adormecido. O tirano vê-se sozinho – ele é abandonado, por todos. Esta solidao é eficiente. Pois, nao significará simplemente que, qdo o tirano é apoiado ele é tudo e pode tudo; qdo abandonado por todos ele nao é mais nada e nao pode mais nada?
(...)
Comprendamos bem: é o povo ele mesmo que constroi a sua liberdade ou a sua servitude, porque o povo constroi ou destroi o tirano.
Construir o tirano, é ser seu cumplice e apoiá-lo, destrui-lo nao é mata-lo (porque senao transformamo-lo em martir ou em héroi, perpétuando assim a sua divindade) mas sim recusar servi-lo. A resistencia passiva restaura o valor politico” (La Boétie pg 102 e 103)

Etiénne de la Boétie, “Discours de la servitude volontaire” chronologie, introduction bibliographie et notes par Simone Goyard-Fabre, Paris, GF Flammarion

Iolanda

Carlos Serra disse...

Sim, Iolanda, conheço bem o livro. Muito obrigado!