17 maio 2006

Fábricas fechadas, trabalhadores despedidos

Com consequência do reajustamento estrutural imposto pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional, mais de 116.000 trabalhadores perderam os seus postos de trabalho entre 1987 e 2000. O sector do caju foi o mais prejudicado depois que o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional pressionaram para que fosse liberalizada a exportação da castanha em bruto. Como consequência, as fábricas ficaram sem matéria-prima, 15 fecharam as portas e cerca de 10.000 trabalhadores perderam os seus empregos[1].
Só entre 1993 e 1998 registaram-se 76 greves em Moçambique, envolvendo 7.020 trabalhadores[2].
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[1] Organização dos Trabalhadores de Moçambique (Central Sindical), Situação dos trabalhadores desde 1992 a 2000. Maputo, Julho de 2001.
[2] Sindicato Nacional dos trabalhadores da Indústria e Construção Civil, Madeiras e Minas de Moçambique, Relatório das actividades realizadas durante o período de 29 de Outubro de 1993 a 26 de Novembro de 1998 pelo Secretariado Executivo Nacional. Maputo, s/d.

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