Tenho para mim que as mulheres mais belas e melhor vestidas de África são as senegalesas.
Quantas vezes, no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, eu me sentava esperando os passageiros oriundos de Dakar, via Air Africa!
E lá vinham elas, as mulheres, andar lento, íntimo e doce, ao mesmo tempo feminino e dominador, vestidas com maravilhosas capulanas, com turbantes não menos maravilhosos, sorrindo sempre, uma espantosa síntese das culturas africana e árabe.
E, coisa sublime, se todas me pareciam sempre iguais no fino traço de serem belas e belamente vestidas, cada uma se distinguia sempre das outras no vestir, pelo modelo da capulana, pelas cores, pelos motivos estampados. Nada de excesso, tudo etéreo, tudo de um bom gosto exemplar. é
Penso que em Moçambique as mulheres que mais se aproximam de senegalesas são as de Pebane, na costa.
Se me perguntarem com que dados, variáveis e medidas faço semelhante tipo de afirmações, respondo-vos que, de vez em quando, tenho o direito de trocar a razão pela emoção e, finalmente, de defender os meus postulados estéticos, rigorosamente anti-estatísticos.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
1 comentário:
sim...vc tem razão, cada beleza, cada traço, cada etnia tem sua belaza única.
e todas belas.
Ysa
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