16 maio 2006

Os sociólogos extra-temporais de Morin

“Acho grotescos os sociólogos que situam todo o actor social unicamente em sua classe, na sua cultura, no seu locus, nos seus hábitos, salvo eles-mesmos que ocupam um trono extra-temporal e supra-espacial.”
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Morin, Edgar, Sociologie. Paris: Fayard/Essais, 1994, pp.89-90, ênfase no original

3 comentários:

Anónimo disse...

"A vaidade é um traço comum e, talvez, não haja pessoa alguma que dela esteja totalmente isenta. Nos meios científicos e universitários, ela chega a constituir-se numa espécie de moléstia profissional" setencia Weber.
O egocentrismo por sua vez impede uma visão ampla e multifacetada da realidade social.
Um grande abraço, professor!

Carlos Serra disse...

Tens razão, Cássia.

Anónimo disse...

Na inocencia da sua ignorancia « os sociologos verdes » (como diz Rehana – ideias criticas ) tornam-se por vezes incomodativos e sua imagem deformada, paredes meias com vaidade.Na ansia de querer ser util é confundido com o “egocentrico”.

Em todo o caso penso que nao é o egocentrismo nem a vaidade que estao em questao, mas simplesmete “ O OLHAR DO OUTRO”.

Aquele que imbuido de falsa modestia se coibe de fazer comentarios, para nao correr o risco de errar, ou simplesmente porque prefere nao partilhar suas ideias, tambem pode ser “egocentrico”!

É assim a sociologia, ninguem tem as “chaves para fechar o pensamento” enquanto facto social.

Pois, segundo o artigo “A sociologia e as chaves do social” (referido neste blog), a caixa das chaves é supra-espacial, pois ela “nao tem fundo”. Considerando ainda, o “factor fundo” como uma equaçao matematica que tende para infinito a caixas das chaves é extra-temporal.

Se integramos “as chaves” entre um limite superior “supra-espacial” e um limite inferior “extra temporal, e adicionarmos a raiz quadrada de “egocentrismo” mesmo a matematica (ciencia exacta), nao nos dà um resultado que possa agradar a “gregos e a troianos”

Se os “Deuses que (aparentemente)têm certezas” nao deixam de ter “pés de barro” que farà o “sociologo verde” que ao posicionar-se como simples humano “gatinha” nos caminhos da conjectura....

Eh! E preciso saber de que lado estamos do espelho...