04 maio 2006

Confissão

Eu-próprio estou frequentemente prisioneiro do que aqui critico, muitas das minhas posições assentam justamente na definição quase agostiniana de axiomas, não poucas vezes dou por inato nos homens certos tipos de comportamento no preciso momento em que terço armas pelo historicismo contra a evidencialização da vida, em que ponho em causa a existência de uma natureza humana imutável. No fundo, é como se estivesse a querer explicar os efeitos do ópio pelas suas virtudes dormitivas, quer dizer, como escreveu Durkheim, a «responder à questão com a questão».

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