Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Na primeira pagina do "Diario da Zambezia" ha uma passagem de que gostei: A Renamo afirma que o MDM nao se difere da Frelimo. O mais interessante disto tudo e que todos os tres partidos usam a mesma linguagem: A Frelimo diz que o MDM e a Renamo sao a mesma coisa; O MDM ja disse, aquando das eleicoes, que a Renamo e a Frelimo sao aliados. O que esta por detras desta logica de se referir ao adversario politico como parte integrante de um outro adversario?
Vou TENTAR responder a tua pergunta: "O que esta por detras desta logica de se referir ao adversario politico como parte integrante de um outro adversario?"
Vejamos: dentre os tres partidos, a Frelimo, a Renamo e o MDM, apenas dois (Fre/Ren) e que sao tomados como epicentros da politica, dai que, por exemplo, ninguem diga que a Frelimo e parte do MDM, ou que a Renamo e parte do MDM. Sempre se diz o contrario, que o MDM e que e parte, ou da Frelimo ou da Renamo.
De facto, um dos possiveis motivos que leva a que se refira o adversario politico como parte integrante de um outro adversario e para reduzir, aparentemente, o universo dos adversarios, pois neste caso concreto, anulando-se um deles restarao apenas dois.
Depois, quando a Renamo diz que o MDM e parte da Frelimo e para reforcar a legitimidade de que ela e a unica oposicao em Mocambique. Por outro lado, e para associar o MDM aos alegados problemas de governacao da Frelimo e por essa via, retirar-lhe o apoio politico. Quando a Frelimo diz que o MDM e Renamo e para que as pessoas rotulem o MDM com o passado belicista da Renamo e, assim, anular a sua visivel implantacao.
Portanto, todas essas afirmacoes devem ser enquandradas no actual contexto politico.
3 comentários:
Na primeira pagina do "Diario da Zambezia" ha uma passagem de que gostei:
A Renamo afirma que o MDM nao se difere da Frelimo.
O mais interessante disto tudo e que todos os tres partidos usam a mesma linguagem:
A Frelimo diz que o MDM e a Renamo sao a mesma coisa;
O MDM ja disse, aquando das eleicoes, que a Renamo e a Frelimo sao aliados.
O que esta por detras desta logica de se referir ao adversario politico como parte integrante de um outro adversario?
Pois é Carlos Mendes.
Concordo.....
Senhor Carlos Mendes
Vou TENTAR responder a tua pergunta: "O que esta por detras desta logica de se referir ao adversario politico como parte integrante de um outro adversario?"
Vejamos: dentre os tres partidos, a Frelimo, a Renamo e o MDM, apenas dois (Fre/Ren) e que sao tomados como epicentros da politica, dai que, por exemplo, ninguem diga que a Frelimo e parte do MDM, ou que a Renamo e parte do MDM. Sempre se diz o contrario, que o MDM e que e parte, ou da Frelimo ou da Renamo.
De facto, um dos possiveis motivos que leva a que se refira o adversario politico como parte integrante de um outro adversario e para reduzir, aparentemente, o universo dos adversarios, pois neste caso concreto, anulando-se um deles restarao apenas dois.
Depois, quando a Renamo diz que o MDM e parte da Frelimo e para reforcar a legitimidade de que ela e a unica oposicao em Mocambique. Por outro lado, e para associar o MDM aos alegados problemas de governacao da Frelimo e por essa via, retirar-lhe o apoio politico.
Quando a Frelimo diz que o MDM e Renamo e para que as pessoas rotulem o MDM com o passado belicista da Renamo e, assim, anular a sua visivel implantacao.
Portanto, todas essas afirmacoes devem ser enquandradas no actual contexto politico.
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