Na verdade, toda a investigação, aí compreendida a científica, visa obter um estado de crença, visa essencializar-se. Cada um de nós passa a vida a crer ou a tentar crer. A única função do pensamento é a de produzir a crença e a de eliminar a dúvida. A crença é, na realidade, como defendeu Charles Peirce, uma regra de acção pela qual ajustamos as nossas expectativas à realidade social e natural. A crença é um processo que nos permite passar do desconhecido ao conhecido, da dúvida à certeza, do sofrimento ao bem-estar, do hoje ao amanhã.
Adenda: este texto foi por mim postado no mês e no ano em que criei este diário, Abril de 2006. Aqui.
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