12 maio 2010

Confira


Edição de hoje aqui.

3 comentários:

Unknown disse...

Na primeira pagina do "Diario da Zambezia" ha uma passagem de que gostei:
A Renamo afirma que o MDM nao se difere da Frelimo.
O mais interessante disto tudo e que todos os tres partidos usam a mesma linguagem:
A Frelimo diz que o MDM e a Renamo sao a mesma coisa;
O MDM ja disse, aquando das eleicoes, que a Renamo e a Frelimo sao aliados.
O que esta por detras desta logica de se referir ao adversario politico como parte integrante de um outro adversario?

V. Dias disse...

Pois é Carlos Mendes.

Concordo.....

Torres disse...

Senhor Carlos Mendes

Vou TENTAR responder a tua pergunta: "O que esta por detras desta logica de se referir ao adversario politico como parte integrante de um outro adversario?"

Vejamos: dentre os tres partidos, a Frelimo, a Renamo e o MDM, apenas dois (Fre/Ren) e que sao tomados como epicentros da politica, dai que, por exemplo, ninguem diga que a Frelimo e parte do MDM, ou que a Renamo e parte do MDM. Sempre se diz o contrario, que o MDM e que e parte, ou da Frelimo ou da Renamo.

De facto, um dos possiveis motivos que leva a que se refira o adversario politico como parte integrante de um outro adversario e para reduzir, aparentemente, o universo dos adversarios, pois neste caso concreto, anulando-se um deles restarao apenas dois.

Depois, quando a Renamo diz que o MDM e parte da Frelimo e para reforcar a legitimidade de que ela e a unica oposicao em Mocambique. Por outro lado, e para associar o MDM aos alegados problemas de governacao da Frelimo e por essa via, retirar-lhe o apoio politico.
Quando a Frelimo diz que o MDM e Renamo e para que as pessoas rotulem o MDM com o passado belicista da Renamo e, assim, anular a sua visivel implantacao.

Portanto, todas essas afirmacoes devem ser enquandradas no actual contexto politico.