Avancemos um pouco mais nesta série.
O meu propósito é o de escrever sobre três instâncias que considero fundamentais no processo político de reprodução das relações de produção em Moçambique: igrejas, curandeiros e autoridades ditas tradicionais.
O meu propósito é o de escrever sobre três instâncias que considero fundamentais no processo político de reprodução das relações de produção em Moçambique: igrejas, curandeiros e autoridades ditas tradicionais.
Colocadas algumas ideias sobre as primeiras duas, falta agora entrar um pouco nas autoridades ditas tradicionais (os régulos da nomenclatura oficial portuguesa).
Primeiro do que tudo, uma curta nota histórica.
A ocupação militar efectiva de Mocambique, efectuada entre 1886 e 1917 com algumas centenas de oficiais e soldados portugueses e milhares de cipaios, foi acompanhada pela decapitação das realezas e dos chefias rurais existentes, de resto já largamente desgastadas no Centro do país pelo chamado (nem sempre bem) sistema de prazos. Uma parte significativa das chefias instaladas foi substituída por cipaios e por chefes colaboradores.
A nota histórica prossegue no próximo número.
(continua)
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