Oito feridos é o resultado de uma colisão entre militantes da Renamo e da Frelimo ontem, em Milange, Província da Zambézia. Um deputado da Renamo disse que homens armados da Frelimo tinham saído da sede do seu partido quando o presidente da Renamo falava em comício, disparando e provocando agitação entre os presentes; um deputado da Frelimo disse que o seu partido era pela paz e que o estado em que ficou o seu carro era uma prova da violência da Renamo. Depois, surgiu a falar Edson Macuácua, porta-voz da Frelimo, intervindo em conferência de imprensa para dizer que o problema deveu-se ao despeito da Renamo pelo facto de não ter conseguido juntar pessoas para o comício (Rádio Moçambique, noticiário das 12:30).
Adenda: pena não haver observadores independentes a seguir estas pré-campanhas. Entretanto, recorde Gaza aqui.
Adenda 2 às 12:59: agora surgiu Fernando Mazanga, da Renamo, dizendo que lamentava o que se passou, que Dhlakama orientou um comício bastante concorrido e que isso foi perturbado por gente da Frelimo que surgiu em viaturas, armada com paus e pedras. Desmentiu que o presidente da Renamo tivesse disparado com uma pistola.
Adenda 3 às 14:02: a Rádio Moçambique fez dessa notícia a manchete dos seus noticiários.
11 comentários:
Dizia o deputado Lutero Simango após uma encontro com o Observatorio Eleitoral que o exemplo de educação pela paz vem da primeira-dama, a Dra. Maria de Luza Guebuza ao falar num encontro popular na cidade da Beira.
Vamos lá ouvir as pessoas de boa fé como a da esposa do Presidente da Republica. De boa fé como este parlamentar. Ganha Moçambique. VIva Moçambique.
Estamos a entrar num cenario de guerra muito preocupante. Teimo que a situaçao se deteriore com o proclamar dos resultados eleitorais. Haver vamos. Sobre as mortes, fica aqui o meu pesar e consternacao. Penso que a PGR deve, no minimo, investigar e tomar responsabilidades sob pena de Mocambique tornar-se num estado ingovernavel nos proximos anos, como alias ja o é uma estrada sem semafero, ironia minha...
NB: Estarei ausente em retiro algures pela Europa. 2 dias que me deixam triste, mas tem que ser.
Professor: isto de juntar pessoas, muitas pessoas significa ter muitos votos? Há uma ideia errada do eleitorado como se ele fosse de sacos de farinha. Outro aspecto: a campanha eleitoral acontece numa altura em que decorre a campanha em Portugal. Será que isto pode detonar um maior numero de circulos informais de discussão no nosso país, particularemnte os que têm acesso ao sinal aberto da Radio e televisão Portuguesa? A eleição nos EUA abanou vários regimes caciquistas.
As "picardias" começaram cedo. Ainda agora a procissão vai no adro....se assim continuamos, será que chegamos às eleições vivos?
Se fosse o meu MDM diriam que tratasse duma campanha de autovitimizacao
1. Com certeza que os dois ex-movimentos de guerrilha estão se autovitimizar, segundo a tese de alguns membros da Frelimo.
2. É risco observar este tipo de campanha, mas é necessário para evitar mentiras.
3. Com actos de Aúbe em Angoche, Motempuez, Mocimboa da Praia, sabemos que os dois partidos não poupam as vidas.
4. A sociedade civil, mais uma vez que vá investigar sobre o sucedido, pelo menos para registar-se. Um dia, nem que seja daí há 100 anos, será importante conhecer os factos.
5. A PGR está demitida, pois ainda não sei porque nada diz sobre o caso do atentado contra Daviz Simango em Nacala-Porto.
6. A Edson Macuácua me arrepia ouvir. O que tem a ver o número de participantes dum comício com escaramucas? Porquê ele não contar bem o que aconteceu sem falar de participantes dum comício? Ou quer ele dizer que a Frelimo proibiu alguns populares a irem dialogar com Dhlakama?
7. Por outro lado, julgo insulto aos eleitores mocambicanos quando alguém chamar de sucesso porque eles vão escutar e eventualmente interpelar um candidato. Os eleitores têm o direito de escutar a todos os candidatos para depois decidirem a quem vão votar no dia 28 de Outubro. O eleitor não é propriedade de qualquer candidato.
8. Se são democratas, Guebuza e Dhlakama têm que ir ao Parlamento Juvenil.
Eu gostaria de ouvir o mais alto magistrado da nação a pronunciar- se sobre a tolerancia entre os diferentes actores politicos, a tolerancia pelo discurso e ideia diferente, a liberdade de os cidadãos se filiarem no partido que acharem melhor para si, de os administradores distritais, secretarios, etc aceitarem normalmente qulquer cidadão sem "cartão vermelho", de qualquer cidadão poder progredir no aprelho do estado independentemente da filiação partidária, de todos aqueles que pensam diferente deixarem de ser diabolizados e por último, controlar de vez em quando os discursos pouco inclusivos do cidadão E. Macuacua.
Afinal o Presidente da Republica é Presidente de todos os Moçambicanos independentemente da cor da camisola e a sua missão é fazer valer isso e DEFENDER A CONSTITUIÇÃO. Creio que, se duramte as famosas presidencias abertas, o Presidente se detivesse alguns minutos explicando aos governantes distritais e aos populares de que DEVE HAVER TOLERANCIA PELAS DIFERENÇAS DE OPINIÃO o perigo que ronda as proximas eleições seria apaziguado. Acontecem atropelos aos direitos dos que pensam diferente do status quo mas não há nenhum pronunciamento condenatório por parte dos altos dirigentes da nação. Porquê ?
ao anonimo 9:43 PM
provavelmente porque 'e assim que os altos dirigentes querem.
provavelmente porque essa 'e, na optica deles (altos governantes), a unica forma de estarem e fazerem politica.
provavelmente porque nao sabem fazer doutra maneira.
provavelmente porque nunca souberam dialogar sem impor a forca de armas e violencia.
provavelmente porque estejam ultrapassados.
provavelmente porque nao lhes interessa ideais e pensamentos diferentes ao status quo.
provavelmente...
mas ainda que dissesem... ja comeca a ser normal no nosso pais... pensar-se uma coisa, dizer-se uma outra coisa, escrever-se uma terceira coisa e fazer-se uma quarta coisa.
ja se MENTIU MUITO e agora esta-se a MENTIR DEMAIS.
CREDIBELIDADE... ta faltar muita CREDIBELIDADE ao PARTIDO e ao GOVERNO.
e perdeu-se essa CREDIBELIDADE ... o PARTIDO e o GOVERNO tem que recuperar essa CREDIBELIDADE, e nao se recupera a CREDIBELIDADE continuando com os mesmos metodos pelos quais se perdeu.
pena porque eles (altos governantes) nao precisavam de descer tao baixo, afinal o PAIS 'e deles tambem, agora correm o risco de viverem DESENVERGONHADAMENTE ENDINHEIRADOS e SEM RESPEITO, tentando meter medo e usando armas para impor algo que se conquista com RESPEITO: o VOTO DO POVO!
chamar-lhe ia DIGNIDADE. nao sao DIGNOS!
Era Previsivel o cenário. aliás ainda é cedo porque ainda virão mais escaramuças eleitoralistas. Nos próximos dias a anteceder a campanha a frelimo e a renamo irão ocupar o espaço político, o que poderá fragilizar ligeiramente o MDM se não correr imediatamente para as bases à busca do barulho das massas. Na Beira vai-se reeditar a luta infernal entre a renamo e o mdm pela conquista do eleitorado.
Jorge Luis
Na minha opinião, o MDM deve-se manter calmo e sereno e nunca entrar nesse protagonismo de um grupo que o partido não faz parte. Falo de grupo de guerrilheiros/movimentos de guerrilha. O MDM deve optar pela nova forma de fazer a política, o modernismo e ao lado terá muitos jovens, académicos ou aquela parte da populacão que nada tem a ver com as guerras. Não tenho certeza se barulho como este, de escaramucas ajuda a algum partido em Mocambique hoje.
CIDADÃO REPÓRTER: o cidadão como observador independente
É para lutar contra este estado de coisas - o nosso presidente Samora tinha na vigilância uma das suas grandes armas - que o jornal @ VERDADE se irá associar a entidades internacionais no processo de monitoriamento eleitoral.
Através do envio de mensagens tipo SMS o vulgar cidadão poderá ser, já durante a campanha eleitoral e no dia do voto, repórter do que for vendo, tendo a possibilidade, desde que haja sinal, de nos enviar, através do seu telemóvel um SMS a participar qualquer ocorrência que fuja à normalidade e às regras estabelecidas.
As mensagens serão enviadas para os números 821111 or 8412222 à disposição do cidadão/repórter e imediatamente serão publicadas no nosso sítio de internet. Depois a veracidade do conteúdo será comprovada por outros cidadãos repórteres no local. Se não for verdade, a mentira tem perna curta, o teor da mensagem será prontamente desmentido por outras.
Com a participação nesta iniciativa estamos, sem dúvida, a ser mais cidadãos. Estamos a lutar pela integridade, pela pureza e pela transparência do processo que queremos que o seja pelo menos tanto como transparentes foram as urnas de voto no último pleito autárquico.
Este site de monitoramento eleitoral está disponível em http://verdade.co.mz/eleicoes2009
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