30 dezembro 2008

Interpretação exemplar

O "Notícias" de hoje tem o seu primeiro plano dedicado a explicar o que se passa no Zimbabwe a propósito da cólera (trabalho que não aparece assinado na versão online). O quadro é o seguinte: a caótica situação do país é da responsabilidade directa do Ocidente imperialista, a cólera tem o seu paralelo na guerra do Iraque onde os americanos bombardearam os sistemas de abastecimento de água, Morgan Tsvangirai é uma mera correia de transmissão do Ocidente ("menino de recados do Ocidente", sic) e por isso não quer partilhar o poder, o MDC é um "partido criado e dirigido pelos governos ocidentais". Intimidar o Zimbabwe significa uma advertência a países africanos que desejem indigenizar a economia. Conclusão: preocupados com o bem-estar do seu povo, Mugabe e o seu regime mais não são do que vítimas do imperialismo insano.
Observação: o jornal The Herald do Zimbabwe - frequentemente referido neste blogue - não faria melhor. Inglórias lutas, as das Jestinas Mukoko do planeta.
Adenda: sugiro a leitura do artigo rabelaisiano do José Chagas aqui.

33 comentários:

Joaqum Macanguisse disse...

Dr Serra terra havido no passado algum presidente africano que demitiu-se ( se pressão militar) como acaba de fazer o presidente da somalia.grande exemplo para mugabe ( mugabe sim e nao Mugabe pois para mim mugabe e um objecto coisa abstrata para algum desenvolvimento)

Anónimo disse...

Creio que o mais adequado, neste caso, seria discutir o próprio artigo. Debater as preposições que nele se apresentam.

No entanto, o que faz um dos mais qualificados sociólogos do país? Pois parte decididamente para a demonização. Como nos últimos meses dedicou-se a demonstrar-nos como o Herald é falso e dominado por Mugabe, procede simplesmente a colar ao notícias àquele jornal zimbabweano.

Se o Professor discute os assuntos assim, imagagine-se os seus alunos...

Viriato Tembe

Anónimo disse...

Dr. Serra!
Eu li na versão impressa do "Notícias" o artigo a que se refer. O texto é assinado por Stephen Gowans e é citado como sendo do gowans.worldpress.com
Mas antes de rotular os jornais nãos eria interessante o professor rebater as ideias contidas no texto? Afinal como diz o texto é outra forma de ler a crise. Ou temos que ficar apenas com uma única visão da realidade?
Professor, por favor, discuta ideias sem rótulos.

Anónimo disse...

Andei bem ausente...Mas sempre bom regressar e topar com um "viriato"/"amorim"/heitor/"etc" lutando contra os venenosos romanos do zim e da ciencia.

Anónimo disse...

Tenho a sensação que o Dr. Serra está numa guerra declarada contra o Noticias e o Domingo...mas do que discutir a fonte da informação, acho que era interessante rebater o seu conteúdo.
Chamei a atenção para várias menticias divulgadas pelo Canal de Moçambique, desde a prisão do ex-ministro dos transportes e comunicações até a suposta vitória que a Renamo teria em todos municípios de Nampula. Para o meu espanto, depois de provado que eram autênticas inventonas desprovidas de qualquer rigor jornalístico, o Dr. Serra ainda o tem como fonte credível de informação.
Contrariamente ao Canal de Moçambique, Magazine Independente, mediafax e Savana, os artigos dos Jornais Noticia ou Domingo são alvos de forte censura. Se noticiam disparos de Maringue dizem que é invenção do jornal e do administrador. Se escolhem o Guebuza para a figura do ano, dizem que são bajuladores. Se publicam um artigo assinado por Stephen Gowans que da outra visão sobre a crise Zimbabweana dizem que estão a defender regimes ditadores.
Assim não.
Orgulhosamente Moçambicano,
Nuno Amorim

Reflectindo disse...

Sempre me interrogo, qual é a outra forma de ler a crise do Zimbabwe? Seria uma nova forma de leitura e relacão a qual? Para tomarmos qual? Alinharmo-nos com a maioria dos líderes africanos que sempre leram a crise do Zimbabwe como apresentam os Mavies e Gowans?

Acompanhei devidamente, isto é, passo a passo, a leitura da crise do Zimbabwe desde 2000 e, a forma de leitura foi sempre a mesma. Talvez os que propõe a revisão da leitura da crise sejam os mais novatos nesta matéria, mas aos mais antigos quero lembrar das discussões havidas no Imensis desde 2001. Recordo-os de um artigo de Mia Couto onde entre outras pessoas Maria de Lurdes Torcato foi participante. A maioria, essa que se faz de minoria hoje dizia o mesmo que o Viriato, Heitor e outros dizem hoje, isto é, propunham a versão de Nós e os Outros.

Ademais, pelo que eu saiba, todos os líderes africanos e os mocambicanos inclusos leram a crise do Zimbabwe da mesma forma. Mugabe era vítima do Ocidente. O discurso comecou a mudar depois das eleicões, quando os presidentes da Zambia e Botswana, o Primeiro-Ministro do Quénia e o Ex-Secretário-Geral da ONU, Kofi Anan tomaram uma posicao diferente em relacao Mugabe. E quando agrava já Jaoquim Chissano e Graca Machel comecam a engajar-se de forma diferente de anos. Isto é que paradigma para mim. Claro, só o arcebispo Desmond Tutu tomou desde há muitos anos uma posicão coerente.

Ora qual essa partilha de poder que Mavies, Gowans e outros defendem? Quem não viu o que Robert Mugabe fez no ano passado como forma de dizer que Zimbabwe pertencia só a ele? Que escreveram os Mavies e Gowans sobre o discurso de Mugabe onde ele expressou que o Zimbabwe era dele?

A propósito que comentários deram os que defendem uma outra forma de leitura sobre esse discurso de Mugabe e de outro dirigente que disse que a cólera era uma arma química?

Anónimo disse...

Sr reflectindo vc esta a falar sempre com o mesmo cobarde ainda nao percebeu isso? analise bem o que ele escreve. usa varios nomes para disfarcar.zimbabwe com mortos? Nao, isso é obra dos brancos, como sempre,nao e?

Joaqum Macanguisse disse...

Nuno Amorim é preciso lembrar que O jornal Zambeze,magazine ,canal de Mocambique sao meios privados com sua forma sensacionalista de vender o seu peixe cujo acionistas nao passam de 100 pessoas ,emquanto que o jornal Noticias e Domingo tem cerca de 20 milhoes de acionistas (isto é todo povo Mocambicano por via de impostos)e transmite a informacao oficial que em condicoes normais deveria ser mais justa possivel,dai que todo mocambicano tem o dever civico de criticar todos aspectos negativos a eles ligados.nao deve ser um jornal que da estatisticas da HIV com intereces politicos ,estatistica da fome em mocambique com intereces politicos ,um jornal que nunca escreveu pelo menos numa so pagina experiencias amargas de politicas de biodosel em outros paises ...

Anónimo disse...

Pois claro o ideal de "amorins" seria apenas ter o jornal oficial. O Kimanel acha mesmo que os tais jornais apenas vendem peixe e podre? Acha mesmo?

Joaqum Macanguisse disse...

Joao atento !
eu nao acho que vendem coisas podres ,mais eu queria chamar atensao ao nuno todo mocambicano da alguma contribuicao no jornal noticias pelo que tem direito de sensurar .os jornais privados tem um papel relevante na imformacao. se lembra quando a STV ( segundo canal privado do pais ficou sem alguns bens por via do tribunal ,a TVM simplesmente nao transmitiu a informacao mesmo sabendo que a mesma informacao era de interece de uma boa parte de pessoas que pagam impostos que dao salarios aos trabalhadores do mesmo canal ( TVM )

Anónimo disse...

nao falta muito para o Nuno Amorim obrigar o serra a postar neste blog os artigos dos que defendem relacoes de camisinha mesmo sabendo que isso vai criar efeitos negativos na sensibilizacao das pessoas

M vasco

Anónimo disse...

nao falta muito para o Nuno Amorim obrigar o serra a postar neste blog os artigos dos que defendem relacoes sexuais sem camisinha mesmo sabendo que isso vai criar efeitos negativos na sensibilizacao das pessoas

M vasco

Anónimo disse...

coisa curiosa se clicas sobre o nome Nuno Amorim ou Heitor vai ver que nao existe nenhum blog ligado aos mesmo e que podemos aceser os seus respectivos perfis.olha Nuno daqui a pouco vais esgotar os espacos de spotblog pois ja tens aberto mais de 15 nomes .so me fazes lembrar do Ramos Gatoma que mesmo nao sabendo cantar acabou ganhando o Show de talento da VODACOM graças aos 170 000 SMS enviados pelo Lourenço Bulha ,que tambem acabou ganhado os 300 000 de melhor enviador de votos do show de taletos
M vasco

Anónimo disse...

Caro Kimmanel, falou em criticar o que o notícias diz. Perfeito. Concordo com isso. O que eu disse foi que no artigo em referência há factos que são referidos, contextos que são apresentados, realidade que é construída. Na minha maneira de ver criticar não dizer: "pois é, escreveu como o Herald do ditador mugabe (com "m" pequeno como você gosta)".

Criticar é posicionar-se, com dados, factos, contextos diferentes e qualitativamente novos relativamente aos referidos por Gowan. Se fizessem isso eu não estaria aqui a interpelar-vos.

Repito, o autor do artigo do notícias apresentou uma análise passível de ser desafiada. Façam-no então, sem tentativas de demonização.

Quanto às Jestinas deste planeta, pois que continuem a defender as suas causas. Do mesmo modo que os Mugabes deste planeta têm o direito de apresentar o que eles querem para o Zimbabwe.

Pessoalmente creio que Mugabe será derrotado. Há interesses poderosos que ele desafiou. Todavia, a sua derrota não será a prova de que ele estava equivocado ao pretender africanizar a agricultura do Zimbabwe. Nossos povos têm paciência. Quando perdem uma batalha podem ficar 100 anos a preparar-se para tirar a desforra.

Os zimbabweanos vão reaver, algum dia, as suas terras.

Viriato Tembe

Joaqum Macanguisse disse...

obrigado viriato tembe !
agora eu é estou ficando um pouco confuso ,eu estava apreciando o que o Nuno Amorim escreveu e fiz questao de evidencia o nome ( Nuno amorim No começo do texto ),e a questao de gowan foi levantada pelo Sr NUno Amorim e nao viriato tembe .sera que o numo Amorim e o viriato tembe vivem uma simbiose psicologia , de fontes ,pontos de vistas .nao é por mal mas uma conscidencia exagerada.acho que nao é decente estarmos aqui a usar 20 ,30 nomes apenas para fortificar o nosso ponto de vista

Anónimo disse...

vendo a sua resposta em volta dos comentarios do Kimanuel aonde o Sr fala tanto de fontes ,vou lhe convidar a algum coemntario seu que vendo o teor é tao serio é que deveria citar fontes

Nestes comentários mistura-se muita informação confusa. Simango não foi reeducado por ser pro-capitalista. Essa é uma informação capciosa. Simango foi reeducado porque:
a) se meteu numa guerra pelo poder dentro da Frelimo;
b) Opós-se activamente ao projecto de independência total, completa e imediata (queria referendos, eleições, numa altura em que a Frelimo se achava com legitimidade revolucionária;
c) Negociou intervenção militar das potências militares racistas da região para impedir a tomada do poder pela Frelimo. Chegou a mandar um comunicado de guerra, ignorado pela imprensa da altura, no qual dizia que o seu movimento armado tinha morto milhares de soldados da Frelimo;
d) Foi actor bastante activo no movimento que se organizou na então Lourenço Marques, tomou a rádio maçambique e foi responsável por uma vaga de violência que provocou derramamento de sangue.
Existem fontes credíveis que afirmam que Urias Simango via-se a si próprio como Maoista. Um deles é Nkomo, o seu biógrafo. Ora, um Maoista não é adepto da economia de mercado.
Simango era um homem de acção e sucumbiu como homem de acção porque o seu projecto político pessoal foi derrotado naquele contexto de violência revolucionária.
Os que cobram o sangue de Simango deveriam, também, cobrar o sangue de Mondlane, de Muthemba (que morreu após espancamentos brutais) de Nkakhomba (que morreu assassinado pelas costas).
Todos estes homens, incluindo Simango, morreram no contexto de uma surda guerra pelo controlo da Frelimo.
Houveram mortes horrendas de ambos os lados. Todo esse sangue deveria ser cobrado, se é que se quer ser justo.
Não é verdade que Nkavandame morreu por defender a economia de mercado. Isso é revisionismo de história. Nkavandame:
a) foi o responsável directo pelo assassinado cobarde e traiçoeiro de Paulo Samuel Nkakhomba;
b) descobertas as suas maquinações, Nkavandame desertou das fileiras da Frente de Libertação de Moçambique, entregou-se aos portugueses e guiou a soldadesca colonial nos ataques às bases da Frelimo.
Podemos não gostar. e sei que muitos não vão gostar, mas estes são os factos.
Sei que muitos vêem nestes indivíduos os seus herois. Pois é com estes factos que os devem assumir como vossos herois.
Viriato Tembe


11/12/08 3:31 PM

fonte http://oficinadesociologia.blogspot.com/2008/12/guebuza-e-chissano-competio.html

M vasco

Reflectindo disse...

Caro Kimmanel

Dizes bem quanto ao que é o bem comum e o bem privado. Porém, penso que essa distincão é fortemente negada por alguns círculos, alguns compatriotas, sobretudo se isso nao concilia com seus interesses. Basta isso notar ao que alguns insistem que Carlos Serra escreva neste blog que é privado. Os mesmos não recomendam nada pelo menos aos que categoricamente escrevem: quem debate neste MEU blog... Acho isso mau.

Posso não concordar com alguém, mas menos insultos. Por exemplo, quando alguém diz que não vai deixar que Carlos Serra ensine seu filho, só por causa do seu blog e suas "supostas" ideias, acho estar-se a pisar a linha privada. No pior, é uma atitude de quem tem dificuldades de conviver com o diferente. Fico aqui com a sensacão com o que é motivo da partidarizacão do nosso Estado. Qual é a mensagem verdadeira de pessoas que dizem assim, sabendo que são membros do partido no poder?

Voltando ao tema: os jornais como Savana, Zambeze, Canal de Mocambique, etc, as pessoas como: Salomão Moyana, Fernando Veloso, etc, são privados e agem em seu nome. Pagam eles mesmos aos seus colaboradores e as viagens dos mesmos. Vendem eles próprios os seus jornais e se não o fazem eles é que perdem. Com certeza, cada um deles, procura ser o melhor que acerta sobre uma notícia e o primeiro a publicar. Algumas vezes pode ser uma pressa demasiada e um seguimento interrompido ou sem sequência e aqui está o que Nuno Amorim insiste como falsidade. O exemplo do caso do ex-Ministro dos Transporte mostra isso. Se agora sabemos que ele foi acusado pela PGR, ficamos a saber que o Zambeze/Canal de Mocambique, teve alguma informacao sobre algo. Este caso já questionei no meu blog. Porém, interessa sublinhar o que disseste, Kimmanel, ele são agentes privados.

O Domingo, o Notícias, a TVM, a RM pertencem a todos nós. Todos nós temos o direito de pedir contas à imprensa pública. Controlamos os trabalhadores em servico, os meios etc. Nuno Amorim, devia saber isso a partir do tratamento diferenciado que as duas imprensas (privada e pública) recebem nos actos eleitorais. Todos nós sabemos que a Frelimo tem rádio, mas por ser privada ninguém a pede contas.

Reflectindo disse...

RSRSRS, M Vasco! Isso dá para que comecemos a ser consequentes. Isso é o que se passa com Nuno Amorim, contraria-se constantemente. Porém, espero que o tempo nos ensine a sermos consequentes.

aminhavozz disse...

Há duas coisas importantes neste editorial e que nao deixam de ser uma lamentavel verdade:

1 – As sançoes impostas contra o Zimbabwe parecem ter afectado mais ao povo do que aos membros do governo de Mugabe (que continuam a beber agua mineral e por isso nao correm o risco de apanhar colera).

2- Tsvangirai nunca nos explicou porque é que ele é melhor que Mugabe. A sua provavel subida ao poder é bastante facilitada pelo facto do povo estar farto de Robert Mugabe. Entretanto isso nao explica que 'mais valia' Tsvangirai traz como politico, idealista e lider de uma naçao... Ser amigo dos Ocidente – realmente nao convence.

Entretanto, nada justifica que Mugabe use expressoes como: ‘Zimbabwe é meu...’ou ‘Só Deus pode me remover daqui...’
Primeiro, o Zimbabwe nao é e nunca será dele.
Segundo, ele foi eleito por um povo, o mesmo povo que já nao o quer mais como lider.
Terceiro, esse povo que foi as urnas tem mandato de Deus...Pois entao, que prevaleça a vontade da maioria que votou contra a sua permanencia no poder!!!

Se a maioria está errada ou nao...isso só o tempo dirá...

Anónimo disse...

Caro Kinmanel
Vai ver o meu primeiro comentário que, creio, é o segundo desta série, a seguir ao primeiro que é seu. Viriato Tembe é apenas Viriato Tembe. Não usa outros nomes. O comentário que te causou confusão complementa o meu primeiro comentário. E se te citei, apesar de estares a falar com Nuno Amorim é porque falaste de crítica. E queria te fazer compreender que o artigo do notícias não foi criticado.

Aqui falamos uns com os outros. Não sabia que quando interpelas alguém só querias ser respondido por esse alguém.

Os seus posicionamentos são similares aos de João Pide Atento a qualquer coisa. Por acaso são a mesma pessoa? Desconfiança com desconfiança se paga.

Quanto ao M Vasco não entendi o que deseja. Não concorda com os factos que eu apresentei? Tem outros diferentes? Quer citação bibliográfica? Se for mais explícito estou disposto a dialogar consigo com abertura total

Viriato Tembe

Anónimo disse...

Em que parte da minha discussão com Kinmanel falei de fontes?

Viriato Tembe

umBhalane disse...

"africanizar a agricultura do Zimbabwe"

Por favor, alguém, nomeadamente o autor, poderá explicar-me o que quer dizer a expressão atrás transcrita, de forma acertiva e concisa.

Por favor.

Obrigado.

umBhalane

D. Zenaida

Quanto à sua indecisão da interpretação política do Zimbabué, e com o devido respeito, os "inimigos" do Sr. Mugabe adoptarem a política do "deixa andar", que se traduz "a fruta cai de poodre".

É minha convicção que a partir de FEV/09, as coisas vão ter que mudar.

Todavia, julgo que o Povo do Zimbabué fez uma escolha nas últimas eleições.

Simples (numa visão eurocentrista), mas que é a minha.

Fazer o quê?

Cumprimentos.

umBhalane

Anónimo disse...

M Vasco e João atento…, não pensem que quem escreve algo com o qual discordam é cobarde ou sempre o mesmo Nuno Amorim assumindo vários pseudónimos...Não caíam no ridículo de achar que quem critica os vossos argumentos é sempre a mesma pessoa... Garanto-vos que nunca assumi outra identidade...provavelmente tinha que dizer que o M Vasco, Joao atento aos malandros, Anónimo, Boaventura, Kimmanel, Reflectindo...é o Dr. Serra.

Pessoalmente acho que o Mugabe já caiu no ridículo...foi uma vergonha o que aconteceu nas ultimas eleições. No entanto, concordo em absoluto que se atribuam terras férteis ao Zimbabwenos. Mugabe quis fazer o que a Frelimo fez, com sucesso, logo a seguir a independência. Os imperialistas criticaram veementemente a nacionalização em Moçambique. Mas acho que não fazia sentido dizer que estávamos independentes, enquanto as melhores terras e casas continuavam nas mãos dos imperialistas.
Os imperialistas querem a terra dos Zimbabweanos, as casas dos Moçambicanos, o cobre e diamante da africa ocidental, o Petroleo dos Iraquianos e tudo mais que puderem roubar de pobres coitados como nos.


Caro Kimmanel,
Não percebi muito bem o que disseste...será que por serem privados estão imunes ao nosso olhar crítico?

Orgulhosamente Moçambicano,
Nuno Amorim

aminhavozz disse...

Nuno Amorin, permita-me que o corrija! '...e tudo mais que puderem roubar de pobres coitados como nós'... Da próxima vez que usar a expressão 'pobres coitados como nós', não se esqueça de colocar as aspas. Eu sou africana com orgulho. Nâo me inclua na sua lista. E já agora...esse tipo de expressões não deviam ser usadas por si...logo você, Amorin... que parece ser um dedicado 'militante' e seguidor dos principios Frelimo. Se não aprendeu a lição d patriotismo, orgulho moçambicano etc etc na devida altura, vá ler os versos do hino nacional...

Anónimo disse...

Senhora Zenaida nem sei como consegue conversar com um cobardolas que gosta mucho de dizer que é africano, que morre de amores pelo Bob e que é "cientista" com curso tirado na pantagónia.

Joaqum Macanguisse disse...

Nuno amorim o que eu pretendo dizer e que os jornais estatais em principio sao considerados de informacao mais oficial possivel e devem sofrer uma critica de especie prestacao de contas dos seus financiadores que é o povo mocambicano .um exemplo simples se um assunto estiver mal escrito no magazine claro que vem vai ao tribunal e o Moiane e o autor ,mas se o mesmo acontecer no jornal domingo o povo é que vai a um tribunal virtual.quando o jornal Domingo deixa de ser comprado mesmo depois de produzido( devido a qualidade dos seus artigos ) de alguma forma é um prejuizo para um investimento feito pelo povo ,e se digo prejuizo nao digo so monetario alargo isso a a uma cadeia de coisas ,afinal de contas investimento nao é so dinheiro ,ate que o facto de estares apaixonado por alguem induzi-lhe a um investimento que pode nao envolver dinheiro.consegiu me entender meu caro ( orgulhosamente mocambicano ?)

Anónimo disse...

Joao atento…,
1. Se ser cobardolas significa defender os meus ideais, então sou cobardolas com muito orgulho.
2. Quanto a amores por Mugabe, solicito que releia tudo quanto escrevi sobre Mugabe...se tiveres problemas de interpretação, posso te ajudar.
3. Felizmente não sou como o outro que dizia ter estudado nas melhores universidades do mundo...a qualidade da formação verifica-se pelo tipo do argumento utilizado.

Zenaida,
Desculpe-me por coloca-la no grupo dos pobres coitados. Por pobres coitado compreendo pessoas como eu, que vamos assistindo impávidos e serenos ao neocolonialismo e a nova agressão imperialista.
Nós que estudamos com base nos conhecimentos passados pela cultura ocidental, onde o melhor aluno é aquele que reproduz fielmente a cultura ocidental...Nos que somos obrigados a vestir fato e a utilizar garfo e faca.
Nos que conseguimos argumentos para a invasão ao Iraque, mas que no entanto compreendemos as matanças aos palestinos.
Nos que somos obrigados a concordar que as terras férteis do Zimbabwe devem pertencer aos boers.
Cara Zenaida,
sou socialista convicto e apoio as políticas dos governos de esquerda.

Kimmanel,
Compreendi que, sob o teu ponto de vista, os jornais estatais devem ser os únicos alvos da nossa analise critica...a falta de rigor jornalístico de alguns meios privados devem ser tolerado.
Igualmente compreendi que quando os meios de comunicação privado atentam contra a integridade de qualquer cidadão não podem ser levado ao tribunal...melhor ainda, se mentirem sobre a sua pessoa irás perdoa-los...isso é nobre da sua parte.
No entanto eu acho que as pessoas devem ser responsabilizadas pelos seus actos.

Orgulhosamente Moçambicano
Nuno Amorim

Joaqum Macanguisse disse...

obrigado pela observacao ,a proxima traga-me o comentario sobre o que esta sendo feito com as terras de chokwe com um nobre sistema de regadio e uma excelente barragem de massingir ocupados por africanos bem mocambicanos tententor de todos tipos de poder ate de roubar os fundos publicos.sera que é necessario que os mesmos sejam ocupados pelos imperialistas para darmoso seu devido valor . o teu problema Nuno e que no inves de trazer ideias genuines ,do fundo do coracao ,serias vens aqui para estudar pessoas .sugiro-te que abras um centro de formacao de ciencias politicas e militares e traga o Mugabe que brevemente vai deixar o poder para ser tutor de algumas cadeiras ,especialmente a de como alcancar facilmente altos niveis de inflacao ...

Anónimo disse...

M Vasco desapareceu? Fiz-lhe algumas perguntas. Aguardo resposta. A principal delas é: viu alguma alusão a fontes ou necessidade de citações bibliográficas na minha discussão com Kinmanel? A outra é: a que propósito transcreveu o comentário sobre Simango? Gostou muito do texto? Não gostou? Não gostou porquê?

Estas perguntas são válidas também para Reflectindo que parece ter apoiado ao referido Vasco

Anónimo disse...

Pensarei no assunto e provavelmente convidarei a ti para Reitor.

Próspero 2009 a todos bloguistas...tomara que em 2009 tenhamos debates mais construtivos.
Orgulhosamente Moçambicano,
Nuno Amorim

umBhalane disse...

O ano de 2008 a acabar, e eu a ficar sem saber o que é "africanizar a agricultura"!

Bem que gostaria de entrar em 2009 mais culto, sabedor.

A esperança é a última a morrer.

Ainda faltam umas horas...

"Africanizar a agricultura"?!?!?!

Muito obrigado.

Reflectindo disse...

UmBhlane, a tua preocupacão é também minha. O termo "africanizar a agricultura" é de certa maneira interessante e deve ser importante.

Nuno Amorim, parece me evitar ou evitar a certos participantes dos debates, mas insisto com as perguntas acima e acrescento:

O que é imperialismo para ti? És socialista convicto, será que praticas o socialismo? Como? Queres me dizer que o governo mocambicano é socialista de facto? Que lhe caracteriza de um governo socialista? São os dirigentes da Frelimo socialistas?

Escreves de nacionalizacões que a Frelimo fez com sucesso... Com que idade eras em 1976 (uma pergunta nao muito importante, mas apenas se tiveres estudado o processo das nacionalizacoes, dai que...)? Falas de que tipo de nacionalizacões? Alguma vez analisaste as consequências dessas nacionalizacoes descontroladas? Porquê Machel desanconselhara Mugabe que nao fizesse o mesmo que ele fez? Porquê mais tarde tentou-se rectificar?

Imagino que falas das melhores casas... Um bom assunto para discutir, não é? Como ficaram elas e a quem pertencem hoje? Os novos donos quanto ganham por elas e o que pagam ao Estado? Qual é a situacão da maioria dos mocambicanos?

Terras férteis... Alguma vez passaram para os camponeses em Mocambique? Se nao sabes pergunta aos que conhecem Chokwe ou Namialo, Metocheria

Para me entenderes, oh Nuno, o que achei útil e necessário nas nacionalizacões, foram as escolas e os hospitais. Aliás, até aqui defendo que deviam ser estatais, salvo em casos que estes fossem comunitários, isto é, não para fins lucrativos, embora eu precise de mais explicacao da minha posicao. E poderei explicar isto antes do fim de semana.

Acho que leste/interpretaste mal o que o Kimmanel escreveu sobre o privado.

Viriato, imagino que seja o último anónimo. Eu disse que nao eras consequente, pois depois daquela discussao que tivemos, fiz-te uma proposta, mas nunca mais voltaste ao tema. Estávamos falando da História da Frelimo, não estávamos?






Ao Viriato

Reflectindo disse...

Estou aqui como tantos estão menos os "sucialistas" convictos, me parece. Estou esperando a resposta do socialista Nuno Amorim, porque estou querendo entender esse socialismo dos socialistas da minha terra que por cima são anti-imperialistas palavra da família império.