23 dezembro 2008

Cartões de boas-festas: também poder e potlatch

Esta é sempre uma época na qual muitas horas, muitas expectativas e muito prazer antecipado são investidos na compra, no preenchimento e no envio de cartões de boas-festas.
Por aí caminham a amizade, o amor, a recordação, a promessa, a dedicação, o respeito, a veneração, a espera de retribuição.
Mas acontece, também, que esses espaços rectangulares são exercícios de exposição de poder, de ostentação, de sinalização rigorosa de hierarquias, de fronteiras estabelecidas e a reproduzir.
Quanto mais luxuosos, mais rococó, mesmo se com neve em nosso duro calor, maior o pendor para exibir a riqueza, seja ela de que tipo for.
É, afinal, em certos círculos hegemónicos, um ritual muito rigoroso, uma espécie de potlatch.

4 comentários:

Anónimo disse...

Gostei da observação. Eiste muita potlach no mundo, os suecos tornou-se um tribo indiado!

Nyabetse, Tatinguwaku disse...

Ola professor, andei sumida, a espera da sua dica sobre a livraria Universitaria :)

Mas este post fez-me sorrir, porque andava a pensar no mesmo! Aqui quanto mais "familiar" for o postal, melhor. Com uma foto da familia toda (nuclear, note-se), e com um recontar do sucesso que o ano foi para ela!

Beijinhos
Melita

Anónimo disse...

E a boa moda "Terceiro Mundista" os militares nao perderam tempo e tomaram o poder.

GOLPE DE ESTADO.

Ministros em debandada e constituticao suspensa sien die.

E ai ha pano para mangas.

Que dizer dessa continua instabilidade que volta e meia se instala em varios dos paises africanos?

E volta e meia e uma forma de dizer.
E que nao tenho a certeza de que em muitas a instabilidade somente transita de uma especie de fase latente para uma em que "fica mais visivel"...

BOAS FESTAS

Inacio Chire

Carlos Serra disse...

Olá Mielita! Obrigado Inácio, já postei.