01 maio 2008

Azagaia ouvido pela PGR e posição de Alice Mabota

Segundo o semanário "Savana" desta semana, em texto de E. Beula, o rapper moçambicano Azagaia - Edson da Luz de seu real nome - foi ouvido na Procuradoria da República da cidade de Maputo a propósito da sua canção Povo no poder. "Quiseram saber se algumas passagens da letra "Povo no Poder" incitam ou não à violência", afirmou o músico ao jornal. A advogada de Edson é Maria Alice Mabota, presidente da Liga dos Direitos Humanos, que declarou ao jornal que a letra foi composta após as manifestações de 5 de Fevereiro e que depois da sua publicação não se registaram mais manifestações. A advogada afirmou ao semanário que a letra é reveladora duma verdade, pois "depois da manifestação popular o governo viu-se forçado a tomar uma posição (interrupção da tarifa contestada e anúncio da medida compensatória aos "chapas")", logo, segundo Alice, "o povo está no poder". Sobre a procuradoria, Alice Mabota afirmou que "a mesma pretende amedrontar Azagaia, feito que "não vai lograr posto que ele não está sozinho". Observação final do jornal: "A presidente da LDH confessou que gosta da música "Povo no Poder" e promete acompanhar o jovem autor até ao fim da procissão" (p. 31).

9 comentários:

Sensualidades disse...

uma repreensao a possibilidade de repressao a liberdade de expressao, e parabens a capacidade que a musica tem de fazer as pessoas pensarem

Jokas

e ja agora boa estadia e bom trabalho no brasil

Anónimo disse...

Estão habituados ao Mc roger...patrão é patrão...quando aparece um miudo a dizer as verdades tentam de imediato coagi-lo!

Anónimo disse...

Porque^ a PGR nao traz entao o McRoger um advogado nato do poder, fazendo campanhas a favor de Guebuza em partes das suas liricas e ate' venerando a opulencia e o'espesinhar' dos que nao tem; o povo. McRoger foi muitas vezes reportado a atacar o patrimonio musico-cultural do pai's, admoestando musicos da nossa nata musical como Jose Mucavele [Desculpe-me nao so' maxangana, mas admiro a musica deste grande cantor], para um 'puto' nao lhe tirar o chapeu! Agora a PGR lanc,a a alvos errados porque?

Anónimo disse...

Acho que A PGR quer colocar o puto no poder mesmo se assim continuar a investigar e o incrimina-lo pelo simples facto de o jovem ter pensado e ter dito a verdade social. O heroismo comeca-se assim nas pessoas, as vezes comeca mal mas no fim sai heroi pois libertou o povo, dizendo a verdade. Nesse processo o jovem vai sai a ganhar e com mais apoio popular que antes.
No fim quem sai com uma ma' imagem e' a procuradoria e nao o jovem que cantou e disse a verdade ao povo.
E' melhor a procuradoria ser um pouco inteligente nas suas accoes para nao denegrir a sua propria imagem que ja de partida nao e' boa.

Anónimo disse...

Isso é um caso de repressão preventiva da Procuradoria da República para neutralizar a capacidade criativa do Azagaia. As referências do rap “Povo no poder" ao contexto sócio-político do país são absolutamente legítimas. As absurdas manobras jurídicas contra o jovem músico não tem qualquer fundamento legal. A interrogação da Procuradoria não foi ordenada por juiz nenhuma, que é ilegal e muito preocupante. Porque a Procuradoria não processa os policiais envolvidos na violência contra manifestantes e na morte de inocentes civis? No relatório actual da Amnistia Internacional há evidências suficientes sobre a verdadeira violência. A minha solidariedade para o musico Azagaia.

Um abraço
Oxalá

Anónimo disse...

Deixem o puto em paz!!!!!!!!!!!!
Acho que há tantas coisas prioritarias neste país.

Anónimo disse...

com tanta coisa e tantos casos badalados na nossa sociedade q merecem a inteira atenção do MP e vai se preocupar com este jovem talentoso de quem só nos devemos orgulhar...Filho da pátria de verdade VAmos em frente nesta revolução e VIVA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO

micas disse...

Boa Rui! Você disse tudo. Viva a liberdade de expressão

Anónimo disse...

Azagaia tem sido simplesmente porta-voz do povo. Ele traz em versao musical aquilo que tem sido as conversas de esquina, etc. Neste sentido, julguem o povo todo e ponto final.