Com o título em epígrafe, o editor do semanário "Savana", Fernando Gonçalves, assina esta semana um trabalho sobre o Zimbabwe que, pela sua importância, transcrevo na íntegra:
"A declaração feita pelo vice ministro da informação do Zimbabwe, Brighton Matonga, segundo a qual não há condições para a realização da segunda volta das eleições presidenciais, e que o Presidente Robert Mugabe (na imagem, CS) poderia continuar a governar o país por mais um ano, foi a indicação mais clara de que o governo zimbabweano não está interessado nas eleições, e que efectivamente o Zimbabwe está a ser dirigido por um regime ilegal.
Matonga fez aquelas declarações antes do anúncio, na Quarta Feira, do dia 2 de Agosto como a data para a realização da segunda das eleições presidenciais.
Mugabe e os seus acólitos sabem perfeitamente que é impossível ganharem as eleições nas actuais condições em que o país se encontra. Por isso, tudo estão a fazer para inviabilizar as eleições e continuarem a governar ilegalmente.
O cenário de um golpe de estado do tipo novo, em que o partido no poder simplesmente ignora os
resultados eleitorais e recorre à violência contra os seus próprios cidadãos, está a ganhar cada vez mais consistência.
A declaração de Matonga surge numa altura em que informações a partir do Zimbabwe dão conta de uma vasta campanha de violência perpetrada por milícias leais ao regime de Mugabe, numa estratégia que parece ter como objectivo intimidar potenciais apoiantes da oposição e desencorajá-los de votar na eventualidade da realização de uma segunda volta.
Rapto, violação e tortura
Matonga fez aquelas declarações antes do anúncio, na Quarta Feira, do dia 2 de Agosto como a data para a realização da segunda das eleições presidenciais.
Mugabe e os seus acólitos sabem perfeitamente que é impossível ganharem as eleições nas actuais condições em que o país se encontra. Por isso, tudo estão a fazer para inviabilizar as eleições e continuarem a governar ilegalmente.
O cenário de um golpe de estado do tipo novo, em que o partido no poder simplesmente ignora os
resultados eleitorais e recorre à violência contra os seus próprios cidadãos, está a ganhar cada vez mais consistência.
A declaração de Matonga surge numa altura em que informações a partir do Zimbabwe dão conta de uma vasta campanha de violência perpetrada por milícias leais ao regime de Mugabe, numa estratégia que parece ter como objectivo intimidar potenciais apoiantes da oposição e desencorajá-los de votar na eventualidade da realização de uma segunda volta.
Rapto, violação e tortura
Várias organizações de defesa dos direitos humanos falam de actos sistemáticos nas zonas rurais de rapto, violação e tortura contra civis suspeitos de terem votado a favor da oposição nas últimas eleições realizadas no dia 29 de Março, e ganhas pelo Movimento para a Mudança Democrática (MDC).
O MDC anunciou, na Terça Feira, que outros oito apoiantes do partido haviam sido assassinados pelas milícias do regime nos últimos três dias, elevando para 32 o número de pessoas mortas na sequência da violência política que se seguiu às últimas eleições.
Há receios de que a violência, que até aqui tem ocorrido de forma isolada, poderá brevemente tornar-se sistemática e alastrar-se por todo o país, criando um ambiente propício para a não realização da segunda volta das eleições presidenciais, que legalmente devem ter lugar três semanas depois do anúncio dos resultados da primeira volta.
A situação está tão crítica que alguns analistas consideram que efectivamente o Zimbabwe está a ser governado por um regime militar, com Mugabe a desempenhar apenas um papel simbólico.
O porta-voz do MDC, Nelson Chamisa, disse na Terça Feira que na localidade de Gokwe, na província de Midlands, era notória a presença de um oficial das forças armadas, conhecido apenas por Major Moyo, que tem estado a comandar as operações de repressão contra a população civil, com o apoio de milícias ligadas à organização da juventude da Zanu-PF.
“O MDC recebeu a informação de duas mortes em Gokwe, na sequência de uma semana de violência sem precedentes na zona”, disse Chamisa. As duas mortes ocorreram no Domingo à noite, disse Chamisa, acrescentando que de acordo com testemunhas, uma das vítimas foi morta à facada, enquanto que a outra foi morta com uma machadada na cabeça. Os dois foram mortos depois de terem sido acusados de não apoiarem o Presidente Robert Mugabe.
O membro do parlamento pelo círculo de Gokwe, Kizito Mbiriza, que nas últimas eleições derrotou o candidato da Zanu-PF, tentou participar o caso junto do posto local da polícia, mas esta em vez de tomar conta da ocorrência deteve-o. Apoiantes do MDC que gerem negócios na zona viram os seus estabelecimentos destruídos pelos jovens milicianos.
Estas informações surgem depois do representante residente das Nações Unidas e coordenador das acções humanitárias da organização no Zimbabwe, o moçambicano Agostinho Zacarias, ter advertido que a escalada de violência pós-eleitoral poderá cedo transformar-se numa grave crise.
A crise pós-eleitoral no Zimbabwe obrigou várias organizações de assistência humanitária a suspenderem ou reduzir as suas actividades.
Thabo Mbeki
O MDC anunciou, na Terça Feira, que outros oito apoiantes do partido haviam sido assassinados pelas milícias do regime nos últimos três dias, elevando para 32 o número de pessoas mortas na sequência da violência política que se seguiu às últimas eleições.
Há receios de que a violência, que até aqui tem ocorrido de forma isolada, poderá brevemente tornar-se sistemática e alastrar-se por todo o país, criando um ambiente propício para a não realização da segunda volta das eleições presidenciais, que legalmente devem ter lugar três semanas depois do anúncio dos resultados da primeira volta.
A situação está tão crítica que alguns analistas consideram que efectivamente o Zimbabwe está a ser governado por um regime militar, com Mugabe a desempenhar apenas um papel simbólico.
O porta-voz do MDC, Nelson Chamisa, disse na Terça Feira que na localidade de Gokwe, na província de Midlands, era notória a presença de um oficial das forças armadas, conhecido apenas por Major Moyo, que tem estado a comandar as operações de repressão contra a população civil, com o apoio de milícias ligadas à organização da juventude da Zanu-PF.
“O MDC recebeu a informação de duas mortes em Gokwe, na sequência de uma semana de violência sem precedentes na zona”, disse Chamisa. As duas mortes ocorreram no Domingo à noite, disse Chamisa, acrescentando que de acordo com testemunhas, uma das vítimas foi morta à facada, enquanto que a outra foi morta com uma machadada na cabeça. Os dois foram mortos depois de terem sido acusados de não apoiarem o Presidente Robert Mugabe.
O membro do parlamento pelo círculo de Gokwe, Kizito Mbiriza, que nas últimas eleições derrotou o candidato da Zanu-PF, tentou participar o caso junto do posto local da polícia, mas esta em vez de tomar conta da ocorrência deteve-o. Apoiantes do MDC que gerem negócios na zona viram os seus estabelecimentos destruídos pelos jovens milicianos.
Estas informações surgem depois do representante residente das Nações Unidas e coordenador das acções humanitárias da organização no Zimbabwe, o moçambicano Agostinho Zacarias, ter advertido que a escalada de violência pós-eleitoral poderá cedo transformar-se numa grave crise.
A crise pós-eleitoral no Zimbabwe obrigou várias organizações de assistência humanitária a suspenderem ou reduzir as suas actividades.
Thabo Mbeki
O Presidente Thabo Mbeki, que desde o ano passado tem estado a mediar no conflito zimbabweano em nome da SADC, deslocou-se no último fim-de-semana a Harare, onde teve uma reunião de quatro horas com Robert Mugabe.
A seguir, Mbeki dirigiu-se à sua embaixada para se reunir com uma equipa de generais das forças armadas sul-africanas, na reserva, destacados para investigar informações sobre a violência política no Zimbabwe. A equipa é chefiada pelo Tenente-General Gilbert Lebeko Ramano, antigo comandante do exército sul africano.
Zacarias é citado pela imprensa zimbabweana como tendo revelado que a representação das Nações Unidas em Harare estava a receber pedidos de assistência humanitária de pessoas afectadas pela violência política.
As vítimas acusam alguns elementos das forças de segurança, milícias jovens, veteranos de guerra e outros grupos apoiantes da Zanu-PF como os perpetradores. “Os relatos sobre estes incidentes (de violência política) indicam que algumas pessoas foram mortas, várias centenas de outras hospitalizadas, enquanto que muitas outras foram desalojadas dos seus lares…”, disse Zacarias.
Para além das 32 mortes, o MDC diz que pelo menos 5 mil pessoas foram obrigadas a abandonar as suas casas.
Segundo relatos de organizações de defesa dos direitos humanos, uma das figuras mais destacadas na coordenação das operações de repressão é o comissário nacional das prisões, Paradzai Zimondi, que é um Brigadeiro-General do exército na reserva.
De acordo com o Zimbabwe Peace Project (Projecto Paz Zimbabwe — ZPP), Zimondi tem estado a disponibilizar alimentos aos grupos de milicianos que desde 2000 constituíram-se numa autêntica brigada de choque do regime repressivo de Harare.
Os alimentos estarão a ser desviados dos já esfomeados centros prisionais nos vários pontos do país. Zimondi estará a utilizar uma das suas propriedades na província de Mashonaland Oriental para alojar e alimentar os milicianos responsáveis pelos actos de terror naquela região.
A directora do ZPP, Jestina Mukoko, disse: “temos conhecimento de um oficial superior, Paradzai Zimondi, que gere uma machamba de criação de porcos (…) que está a alimentar e financiar jovens envolvidos na violência, aterrorizando e espancando camponeses”.
Zimondi é um dos oficiais que publicamente declararam que só aceitariam uma vitória de Mugabe.
“Os chefes da violência são a Zanu-PF, os seus apoiantes e agentes da segurança do Estado, e é
preocupante e muito triste quando as pessoas vão ao ponto de queimar gado e tirar os olhos dos cabritos simplesmente porque o dono votou para a oposição; é muito triste”, disse Mukoko.
Diplomatas
A seguir, Mbeki dirigiu-se à sua embaixada para se reunir com uma equipa de generais das forças armadas sul-africanas, na reserva, destacados para investigar informações sobre a violência política no Zimbabwe. A equipa é chefiada pelo Tenente-General Gilbert Lebeko Ramano, antigo comandante do exército sul africano.
Zacarias é citado pela imprensa zimbabweana como tendo revelado que a representação das Nações Unidas em Harare estava a receber pedidos de assistência humanitária de pessoas afectadas pela violência política.
As vítimas acusam alguns elementos das forças de segurança, milícias jovens, veteranos de guerra e outros grupos apoiantes da Zanu-PF como os perpetradores. “Os relatos sobre estes incidentes (de violência política) indicam que algumas pessoas foram mortas, várias centenas de outras hospitalizadas, enquanto que muitas outras foram desalojadas dos seus lares…”, disse Zacarias.
Para além das 32 mortes, o MDC diz que pelo menos 5 mil pessoas foram obrigadas a abandonar as suas casas.
Segundo relatos de organizações de defesa dos direitos humanos, uma das figuras mais destacadas na coordenação das operações de repressão é o comissário nacional das prisões, Paradzai Zimondi, que é um Brigadeiro-General do exército na reserva.
De acordo com o Zimbabwe Peace Project (Projecto Paz Zimbabwe — ZPP), Zimondi tem estado a disponibilizar alimentos aos grupos de milicianos que desde 2000 constituíram-se numa autêntica brigada de choque do regime repressivo de Harare.
Os alimentos estarão a ser desviados dos já esfomeados centros prisionais nos vários pontos do país. Zimondi estará a utilizar uma das suas propriedades na província de Mashonaland Oriental para alojar e alimentar os milicianos responsáveis pelos actos de terror naquela região.
A directora do ZPP, Jestina Mukoko, disse: “temos conhecimento de um oficial superior, Paradzai Zimondi, que gere uma machamba de criação de porcos (…) que está a alimentar e financiar jovens envolvidos na violência, aterrorizando e espancando camponeses”.
Zimondi é um dos oficiais que publicamente declararam que só aceitariam uma vitória de Mugabe.
“Os chefes da violência são a Zanu-PF, os seus apoiantes e agentes da segurança do Estado, e é
preocupante e muito triste quando as pessoas vão ao ponto de queimar gado e tirar os olhos dos cabritos simplesmente porque o dono votou para a oposição; é muito triste”, disse Mukoko.
Diplomatas
Diplomatas acreditados em Harare têm estado a expressar a sua preocupação sobre a situação no Zimbabwe, tendo lançado, na Sexta-Feira, um apelo ao Presidente Mugabe para que respeite os direitos dos seus cidadãos e ponha fim aos actos de violência.
Falando depois de visitar vítimas da violência hospitalizados numa clínica privada em Harare, juntamente com outros colegas, o embaixador dos Estados Unidos, James McGee, descreveu a situação como uma brutalidade absoluta. “Eles (o governo) não podem negar, porque vimos, temos as fotografias, temos o som. Isto é uma brutalidade absoluta”, disse o diplomata. McGee ouviu em primeira mão a história de uma anciã de 80 anos de idade, proveniente do distrito nortenho de Mutoko, que disse que a sua palhota foi queimada antes dos milícias partirem-lhe os braços. “Não percebo como é que uma avó de 80 anos deve ser agredida. A violência no Zimbabwe deve parar agora”, disse McGee.
O embaixador britânico, Andrew Pocock, disse que o regime de Mugabe, no seu desespero para se manter no poder, está a cometer actos de violência contra o seu próprio povo. “A violência está a ser perpetrada pelo governo, contra o seu próprio povo, por nada mais do que permanecer no poder”, disse o diplomata.
Outros diplomatas que visitaram as vítimas da tortura são da Alemanha, Angola, Espanha, Holanda, Suécia e União Europeia. A anciã, cuja identidade os médicos recusaram-se a revelar, descreveu como, em desespero de causa, pediu aos jovens que a atacaram a acabarem com a sua vida. “Atacaram-me com tijolos, e os médicos dizem que perdi muito sangue”, disse ela aos visitantes. Acrescentou: “Conheço as pessoas que me atacaram. Elas tinham facas, e eu chamei-as pelos seus nomes, pedindo-lhes para que acabassem comigo”. Numa outra cama, um professor primário, proveniente de um outro distrito do norte do país, conta uma história quase idêntica. “Estava a dormir quando ouvi mísseis a caírem sobre a casa. Saí e vi mais de 150 milícias. Eles torturaram-me, desferiram-me golpes à catanada nas mãos”, disse o professor. Acrescentou que só lhe deixaram porque pensavam que estava morto.
Campanha de intimidação
A campanha de intimidação está a ser dirigida também contra os jornalistas. Na Quinta Feira, elementos dos serviços de segurança dirigiram-se às instalações de um jornal privado, o semanário Standard, e detiveram o seu editor, Davison Maruziva.
A detenção do jornalista está relacionada com um artigo de opinião escrito por um político da oposição. A polícia deteve também um fotógrafo da agência noticiosa Associated Press, Howard Burdit, acusando-o de estar a usar um satélite para transmitir fotografias das vítimas da violência. Maruziva foi detido devido a um artigo escrito pelo líder da outra facção do MDC, Arthur Mutambara, para marcar a passagem do 28º aniversário da independência do Zimbabwe. No artigo, Mutambara questionava a legitimidade de Mugabe e o seu regime continuarem no poder depois de terem perdido as eleições.
Ainda na semana passada, as autoridades detiveram um advogado conhecido por Harrison Nkomo, acusando-o de ter feito uma declaracção insultuosa contra Mugabe no tribunal, durante uma sessão em que ele defendia um jornalista freelance, Frank Chikowere, acusado de incitação à violência durante uma manifestação da oposição no mês passado." (pp. 2-5)
Falando depois de visitar vítimas da violência hospitalizados numa clínica privada em Harare, juntamente com outros colegas, o embaixador dos Estados Unidos, James McGee, descreveu a situação como uma brutalidade absoluta. “Eles (o governo) não podem negar, porque vimos, temos as fotografias, temos o som. Isto é uma brutalidade absoluta”, disse o diplomata. McGee ouviu em primeira mão a história de uma anciã de 80 anos de idade, proveniente do distrito nortenho de Mutoko, que disse que a sua palhota foi queimada antes dos milícias partirem-lhe os braços. “Não percebo como é que uma avó de 80 anos deve ser agredida. A violência no Zimbabwe deve parar agora”, disse McGee.
O embaixador britânico, Andrew Pocock, disse que o regime de Mugabe, no seu desespero para se manter no poder, está a cometer actos de violência contra o seu próprio povo. “A violência está a ser perpetrada pelo governo, contra o seu próprio povo, por nada mais do que permanecer no poder”, disse o diplomata.
Outros diplomatas que visitaram as vítimas da tortura são da Alemanha, Angola, Espanha, Holanda, Suécia e União Europeia. A anciã, cuja identidade os médicos recusaram-se a revelar, descreveu como, em desespero de causa, pediu aos jovens que a atacaram a acabarem com a sua vida. “Atacaram-me com tijolos, e os médicos dizem que perdi muito sangue”, disse ela aos visitantes. Acrescentou: “Conheço as pessoas que me atacaram. Elas tinham facas, e eu chamei-as pelos seus nomes, pedindo-lhes para que acabassem comigo”. Numa outra cama, um professor primário, proveniente de um outro distrito do norte do país, conta uma história quase idêntica. “Estava a dormir quando ouvi mísseis a caírem sobre a casa. Saí e vi mais de 150 milícias. Eles torturaram-me, desferiram-me golpes à catanada nas mãos”, disse o professor. Acrescentou que só lhe deixaram porque pensavam que estava morto.
Campanha de intimidação
A campanha de intimidação está a ser dirigida também contra os jornalistas. Na Quinta Feira, elementos dos serviços de segurança dirigiram-se às instalações de um jornal privado, o semanário Standard, e detiveram o seu editor, Davison Maruziva.
A detenção do jornalista está relacionada com um artigo de opinião escrito por um político da oposição. A polícia deteve também um fotógrafo da agência noticiosa Associated Press, Howard Burdit, acusando-o de estar a usar um satélite para transmitir fotografias das vítimas da violência. Maruziva foi detido devido a um artigo escrito pelo líder da outra facção do MDC, Arthur Mutambara, para marcar a passagem do 28º aniversário da independência do Zimbabwe. No artigo, Mutambara questionava a legitimidade de Mugabe e o seu regime continuarem no poder depois de terem perdido as eleições.
Ainda na semana passada, as autoridades detiveram um advogado conhecido por Harrison Nkomo, acusando-o de ter feito uma declaracção insultuosa contra Mugabe no tribunal, durante uma sessão em que ele defendia um jornalista freelance, Frank Chikowere, acusado de incitação à violência durante uma manifestação da oposição no mês passado." (pp. 2-5)
2 comentários:
Interessante é que a historia repete-se e ninguem aprende
Jokas
Paula
Boa noite à todos.
''Quando todos pensam na mesma coisa entäo ninguém pensa grande coisa'', diz o ditado. Eu acho que Mugabe deve ter, de alguma forma, uma razäo, talvez positiva, que o move a desencadear esses actos mundialmente condenàveis. Agora, eu tenho me perguntado: Serà que todos que apedrejamos Mugabe conhecemos o que està de tràs de todo esse tumulto? Analisando bem a situaçäo acho que estamos sendo levados a agir contra o governo de Mugabe por emoçäo e porque todos à nossa volta o faz.
eu acho que mais do que nunca a crise no Zimbabuè està a se intensificar porque està todo o mundo a atacar Mugabe e ele nada mais pode estar a fazer que defender-se, o que de uma forma pode estar a contribuir para que ele näo exerça dignamente as suas funçöes de presidente do estado.
Näo esqueçamos que é persistindo em chamar à um Homem por diabo que ele se torna pior.
Näo sou nenhum adepto da ditadura, problema é que nem a democracia é santa para a nossa A'frica. Ainda temos muito a buscar sobre o governo que a A'frica precisa.
Em nenhum momento tive a intençäo de ferir a sensibilidade de terceiros. Amo a minha vida e respeito muito a de outros.
Félix
Enviar um comentário