28 abril 2007

Os caçadores locais das feiticeiras de Salém (4) (e as mudanças de humor de Jorge Rungo no quadro da classificação de Lázaro Mabunda) (continua)



A 21 de Janeiro deste ano, o semanário "Domingo" apresentou a página inteira que a imagem documenta no topo, em peça do jornalista Jorge Rungo. Como podem reparar, o quadro traçado por Rungo é catastrófico. Revelando o que revelou, Jorge Rungo caiu dentro da severa classificação do seu colega Lázaro Mabunda. Recordo que Mabunda escreveu em crónica no "O País" que os Moçambicanos apenas servem de caixa de ressonância para desencadearem um "barulho que não existe" no conflito existente, na decisão mabundana, entre a União Europeia e a China por causa da nossa madeira. Recorde-se, ainda, como Mabunda finalizou a citada crónica: "Somos usados pelos que têm dinheiro. Ou seja, vendemos a nossa pátria em troca de migalhas de dólares ou de euros." Agora, Rungo deverá pedir contas a Mabunda, exigindo-lhe que este prove que vendeu a pátria e em que moeda o fez.
Em Março, o "Domingo" apresentou novo trabalho de Jorge Rungo (segunda imagem), num momento em que as denúncias do saque das nossas florestas tinham recrudescido. Repare-se como, nesta segunda vez, já Rungo deu o dito pelo não dito. Agora, o quadro é bom, as florestas estão de boa saúde. E, claro, estão enganados os Amigos das Florestas e eu. Aqui, já Rungo apenas terá de apertar a mão a Mabunda. Acordo fixe, sem venda de pátria.
A série prossegue.

2 comentários:

Bayano Valy disse...

Falava eu do mau jornalismo que temos nos país. O Meu amigo Rungo fez inversão de marcha quando não convinha ao establishment e concordou com o seu colega Mabunda - quem está contra a posição oficial é que está a vender a pátria. Não sei depois se esses meus colegas conseguem algumas códeas da mesa do tacho dos chefes.

Carlos Serra disse...

Eu ainda falarei dos mosqueteiros de d´Artagnan...