O absurdo kafkiano é frequente. Por exemplo, estudantes do Instituto de Formação em Administração de Terras e Cartografia paralisaram as aulas, pois, segundo disseram, "o facto de se criarem frangos, mas consumirem o importado, segundo eles já deteriorado, não se justifica, com o agravante de se prepararem apenas três frangos para 72 pessoas."
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
4 comentários:
È a Metamorfose dos frangos professor.Só mesmo o kafka - poeta do absurdo, pode Processar este Instituto, e depois do julgamento,levar os culpados para uma Colônia Penal.
Senti agora uma imensa saudade de uma namorada do Franz, será que ela não está aí com ele? Se encontra-los, faz-me o favor: diz que envio um grande beijo prá eles.
Fotografia 3x4
En la lucha entre uno y el mundo, hay que estar de parte del mundo" - Kafka.
De facto, comer frango importado enquanto sujam as mãos alimentando as desgraçadas aves, não passa de um absurdo. Mas este não e um caso isolado. EM todos lares do pais vive-se situações tristes. Semelhantes. E a justificacao e a mesma: os estudantes pagam menos (dez meticais) e com eles não se faz omoletes.
Desde as residências universitárias publicas, passando para as respectivas salas de aulas; indo ate as escolas secundarias e respectivos lares, a situação e a mesma. Pior fico quando sei que a UP vai levar a Universidade pra o Distrito. Desta vez sim, teremos universitários que jamais saberão o que e um composto chamado enxofre, a não ser o do feijão.
Egídio, a propósito, o "Canal de Moçambique" tem estado a descrever as nossas escolas. O fez uma vez mais hoje. Abraço.
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