11 abril 2007

Conselho Nacional dos Grupos de Vigilância Pública de Moçambique


Eis o estatuto do Conselho Nacional dos Grupos de Vigilância de Moçambique, publicado no Boletim da República. Apenas através da Conservatória do Registo Civil poderá ser possível saber quem são os membros fundadores desta associação de direito privado, sem fins lucrativos.

6 comentários:

Egidio Vaz disse...

Não estaremos perante o regresso dos GVs? Grupos de Vigilância?
Este país está cheio de armas. mais um grupo que se vem juntar aos armados.
A PRM (PIC, BAC e PM), Polícia Camarária, SISE, etc. Mais um para nos prender em flagrante delito!

Carlos Serra disse...

Talvez algum jornalista possa ver os registos da Conservatória.

Egidio Vaz disse...

Professor, lendo bem este boletim, verifica-se que o estado está a delegar parte do seu poder (monopólio do uso da violência) à um grupo de civis que, doravante irão andar uniformizados ou não, com cacetetes, algemas e armas de fogo para "deter pessoas em flagrante delito". Desde já, os conceitos de flagrante delito dependerá deles. Pode ser por exemplo, encontrar-me a escrever uma carta reivindicando uma injustiça por eles praticada. Apreenderão o meu computador, e, à boa amneira moçambicana, me levarão à polícia depois de umas chambocadas!
Portanto, vejo aqui, um grande perigo no que tange com as liberdades individuais. Já não basta o policiamento comunitário, já agora, acusada de andar a pilhar bens alheios! precisamos de uns GVs que adarão em campos de futebol, festas e outros locais de concentração, a andar a ouvir " o que o povo anda a falar"?

Carlos Serra disse...

Egídio, por agora creio que só nos resta estudarmos o BR. E esperar pelos resultados da actuação. E esperar, tb, que alguém, algum jornalista vá à conservatória saber quem são os pais fundadores do conselho.

Anónimo disse...

Estou muito preocupado com este grupo. Embora não me lembre bem ou não tenha lido sobre como os GVs haviam sido em 1977, penso, não acho que faltavam as ditas boas intensões, mas depois o que é que aconteceu?
Se nós pretendemos ser um estado democrático, não entendo do porquê na criação disto não ter merecido um debate público, mesmo pela Assembleia da República. Começo a recear que este grupo uma mílicia partidária. E, porquê se cria neste preciso momento? Será normal que o grupo se crie e se publique no Boletim da República sem que se mencionem os fundadores?

Carlos Serra disse...

Eu tb fui apanhado de surpresa. Vamos a ver se alguém, entre os jornalistas, investiga o fenómeno. Porque é um fenómeno, na minha opinião.