


Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.





Certos pronunciamentos políticos públicos são fortes e não deixam qualquer margem de dúvida sobre o que significa poder, como os seguintes, a cargo de um dos históricos da Frelimo, Mariano Matsinhe, citado pelo diário governamental "Notícias":
Leia aqui a manchete de hoje do mediafax a propósito da inovação empresarial da DINAME (Distribuidora Nacional de Material Escolar), que decidiu também vender motorizadas.
"Uma orientação política é igualada a um direito moral, e oposição a ela à malevolência diabólica" - Arthut Miller em nota para a peça "As bruxas de Salém", adaptação do seu livro The Crucible (o cadinho) de 1953
"A rosa vermelha desapareceu./ Para onde foi é um mistério./Porque ao lado dos pobres combateu/Os ricos a expulsaram do seu império.” (Bertolt Brecht)

Uma vez mais aqui vou tentar, com o inêxito habitual, mas sem perda do humor digestivo, desdobrar-me nas minhas duas almas, a do estudante do social e a do cidadão. Aquele procura observar sem juízos de valor, este é completamente juízista de valor. A propósito de quê? A propósito de um dos trunfos eleitorais de Feizal Sidat, candidato às eleições da presidência da Federação Moçambicana de Futebol (FMF). E que trunfo é esse, segundo o "Notícias"? É o seguinte: "Para este candidato à FMF, os clubes têm que começar a pensar no futebol como um mundo de negócios, onde o maior ganho se assenta na produção de talentos e receitas, com a criação destas sociedades anónimas desportivas, onde, para além dos sócios, aparecem empresas que podem dar o seu contributo na gestão financeira das colectividades."
Costumo ensaiar dividir-me, regra geral sem êxito, nas minhas duas almas: a do estudante do social e a do cidadão. E assim vou, uma vez mais, tentar. Em relação a quê? Em relação a duas posições do presidente da Renamo, a saber: primeiro, que nunca se sujeitará à Procuradoria-Geral da República caso o seu sobrinho, o Homo Sibindycus, ganhe na queixa que depositou acusando-o de violência; segundo, que mantém a sua determinação em fazer com que a Renamo mate os polícias que violarem as regras de controlo dos postos de votação.

Foi com esta bela canção do falecido trovador José Afonso (Zeca Afonso, como lhe chamávamos, professor no ex-Liceu Pero de Anaia na Beira)lançou o sinal da "revolução dos cravos" em Portugal, a 25 de Abril de 1974 (colocado por "Portugalmusic" no "youtube")


Oiçam este documento histórico adicionado ontem ao "youtube" por "vmrcardoso".





