11 outubro 2007

Os guerrilheiros da quinquilharia

O "Notícias" tem dedicado saborosos títulos não ao conflito homem/animal - que é nele rotina, tal como tenho mostrado amiúde aqui no diário - mas ao conflito polícias/vendedores ambulantes. Reparem neste, da edição de hoje: "Guerra gato e rato: Edilidade proclama vitória informais ganham novos espaços". Pois é: o exército convencional da polícia faz frente aos guerrilheiros do informal na cidade de Maputo. Quando aquele avança e "dispara", julga ter destruído o campo inimigo. Mas este usa a guerrilha e move-se rapidamente e ocupa novas áreas. E se as forças armadas deixam o campo anterior, nos interstícios surgem de imediato, com golpes audazes e inesperados, os guerrilheiros da quinquilharia. E por quê? Resposta de Mateus Cossa: "O Conselho Municipal diz para nós irmos aos mercados mas é aqui onde nós conseguimos vender qualquer coisa que garante a nossa sobrevivência e das nossas famílias".

4 comentários:

Anónimo disse...

Ih, mas que riso! Divirto-me tanto com a sua escrita! Sem deixar, claro, de ver o cerne da questão. Mas não deixo de imaginar um batalhão de "mancebos" armados de quinquilharias, fazendo frente ao "bem armado" exército do município! Xiiiiiii, deixem-me rir!

Carlos Serra disse...

Olá Amélia! Sempre nos faz bem rir. A imagem que traçou é real: imagine polícias com AK47 a correr atrás de um vendedor de pedra-pomes...

ilídio macia disse...

"Menina responde à pergunta: o que fazer com um ladrão?" Prof., veja, por favor, o meu comentário.

Carlos Serra disse...

Obrigado, acabei de ler e de comentar. Abraço.