"O capital agora devora seres humanos: ele tornou-se um
canibal. Doravante toda a actividade humana deve tornar-se capital e
parir juros, de modo a que o capital à procura de investimento possa viver:
escolas, infantários, universidades, sistemas de saúde, distribuidores de
energia, estradas, ferrovias, correios, telecomunicações e outros meios de
comunicação, etc. Os sonhos anarco-capitalistas pretendem ir mais longe. Mesmo a polícia e a legislação devem ser transformados em investimentos
do capital. Uma pessoa recebe licença para viver e participar em
qualquer destas esferas da sociedade desde que pague ao capital as taxas
exigidas na forma de juros. O capital torna-se um 'supermundo' ao qual
devem ser trazidas vítimas para o sacrifício." - Ulrich Duchrow e Franz Hinkelammert, Property for people, not for
profit, p.148. Aqui e aqui. (amplie a imagem clicando sobre ela com o lado esquerdo do rato)
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
1 comentário:
Os líderes dizem que se trata de desenvolvimento, faltando apenas acrescentar as aspas como escreveu o Professor há tempos. Mais interessante ainda é o desvio estratégico do significado de capital para para expressões por exemplo como 'capital humano'...
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