25 julho 2014

Sexualidade de periferia

Por hipótese, a história da humanidade é, também, a história de repressão formal da sexualidade, a história tenaz do seu encaminhamento para áreas de sexualidade controlada, digamos que áreas de sexualidade de periferia, áreas de sexualidade sazonal (dança, boîtes, prostíbulos). E essa repressão é fundamentalmente um fenómeno urbano, burguês. O fundamental é dotar a sexualidade de uma existência de penumbra e, especialmente, poupá-la aos jovens em público. O secretismo do amantismo (tão bem descrito nos romances de Stendhal) é uma forma criticada, mas permitida em seu desvio para áreas "nocturnas", secretas.

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