Fascina a nossa imensa, tentacular necessidade de normar, de normalizar tudo, de contornar o múltiplo, de punir a infracção, de decapitar o diferente, de patologizar o desigual, de tornar doença e loucura o distante e o irregular, este nossa sede de criar regras, de procurar a alma da simetria absoluta, do igual. As réguas, as gramáticas, os manuais, os códigos penais, os sinais luminosos.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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