10 fevereiro 2011

Novos preços para o trigo

Segundo o "O País", as principais moageiras subiram os preços do trigo. Aqui.
Comentário: este é um fenómeno que requer urgentemente a transformação do país num produtor de cereais e o corte definitivo do cordão umbilical que nos liga à importação, às lamentações e à externalização das causas dos problemas sociais. Sobre a rentabilidade agrícola no país, recorde aqui. Quando falo na produção de cereais, não falo da atribuição de partes do nosso país a empresas estrangeiras para produção de cereais destinados aos seus países.

4 comentários:

Salvador Langa disse...

Má notícia esta.

ricardo disse...

Sr. Professor. Nao basta produzir 2, 3, 4 ou mesmo 5 toneladas de trigo por hectare. E preciso tambem saber comercializar...E isso, nao depende do Governo do dia. Depende da OMC e da Bolsa Internacional.

E duro ter que repetir isto no V. blog, mas esta e a verdade.

Anónimo disse...

Durante o mandato do sr. Soares Nhaca falo-se muito de produzir trigo e arroz e promessas de que em muito pouco tempo reduziriamos a dependencia. Algum resultado? quantas toneladas de trigo e de arroz foram produzidas? a quantas e que vamos na reducao da dependencia? ou foi o "papo" de sempre? fala-se, fala-se, gastasse dinheiro com workshops, visitas, importacao de sementes mas depois tudo acaba no esquecimento. Daqui a mais algum tempo vem outra banda tocar a mesma melodia com letra diferente....

Anónimo disse...

Sejamos realistas:
Trigo é uma cultura de 2ªépoca, do período mais frio e seco, logo, só é economicamente viável com regadio. No Tempo quente há as "ferrugens" e outras doenças e pragas que tornam economicamente inviável o trigo. As estatísticas mostram que a maior produção de trigo no país, desde o período colonial foi de pouco mais de onze mil toneladas; ora nós importamos quase quatrocentas mil.
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Alguém comentava outro dia, com razão, que o Orçamento do Estado para a Agricultura tem vindo a crescer e tem recursos substanciais, desde o Proagri e outros, MAS, o problema está em que o Orçamento do estado reflecte o que o aparelho Institucional gasta (mais carros, mais seminários, etc., etc.) Não reflecte o apoio a quem produz, as pequenas e médias empresas.Faltam políticas concretas de apoio à produção (chega de programas de apoio institucional, importa olharmos para o SISTEMA agrário em todas as suas componentes: políticas realistas de apoio a toda a cadeia de produção. As toneladas de trigo que se diz serem produzidas em Tete e drenadas para o Malawi, ninguém as viu, são virtuais.