Creio não ficar distante da realidade se disser, como digo, que a cidade de Maputo está feia, bastante feia e suja: lixo, estradas esburacadas (a Marginal mete dó!), águas negras, plásticos, passeios sujos, deteriorados e frequentemente ocupados por viaturas (do estado técnico, especialmente dos chapas, não falo), capim, erosão. Para ser franco: tenho saudades da equipa de Eneas Comiche.
12 comentários:
e se as saudades matassem...? Professor, o que é que é novo neste capitulo quando se fala da cidade de Maputo? eu sempre conheci assim suja, pelo menos.
AAS
Este é o cenário do Maputo das élites, da cidade de cimento.
No Maputo suburbano, nesta época das chuvas, com infra-estruturas INFRA-HUMANAS ao nível do saneamento básico: drenagem, acessos, transportes etc., o dia a dia torna-se uma Odisseia!
Eneas Comiche tinha uma visão mais INTEGRADA da cidade e maior credibilidade junto da comunidade doadora e financiadora internacional (rigoroso na prestação de contas), o que potenciava a angariação de recursos e sua correcta aplicação.
Creio que a nossa outrora bela cidade esta a ficar um .... e o pior ë que ja nem tem ponta por onde se lhe pegue: Ë barulho em todo lado, ë bebedeira em todo lado, ë circulacao por todo lado, ë desrespeito (a sinais, âs pessoas) a tudo e todos por todo lado, ë estacionamento em todo lado, ë sujeira por todo lado, enfim tudo de mau por todo lado, ë tudo em todo lado...
Acho que esta cidade esta a ficar numa completa desordem e se nao se comecar por algum lado a limpar... acho que em breve nao vai ficar nada de bom...
Talvez professor temos que criar um grupo de amigos da cidade que trabalhem para educar as pessoas. Podiamos utilizar a radio (ja que pagamos a taxa de radiodifusao) para lhes pedir que façam alguma publicidade positiva para a nossa cidade (radio cidade, radio Moçambique) sobre o respeito pelos sinais de transito na rua, sobre o respeito pelas vias, pelos peoes, pelos passeios, pelos passageiros dos chapas, pelo nao estacionamento nas entradas, nos passeios, pela limpeza, por nao se urinar na rua, para combater o roubo e os pedintes nas ruas, etc (alguem pode acrescentar.
Também poderiamos organizar algum trabalho voluntário (campanhas de limpeza) para os sabados para limpar algumas partes da cidade.
Quem sabe trazermos um movimento de manutenção, de limpeza, de bons costumes de boas maneiras de boas praticas,etc... quem sabe nós podemos. Será que "we can?"
Quem sabe fazermos um concurso do bairro mais limpo? com premios?
O professor, através do seu blogue poderia liderar uma iniciativa destas?
Nós os cidadaos temos que fazer alguma coisa, ja que as autoridades nao fazem.
Manuel Lobo
O que importa mesmo é questionar porque são sempre 'afastados' os que mostram que são competentes, e eficazes, os que produzem resultados excelentes, etc. Será que estes são uma ameaça? Especialmente se não aplaudem a corrupção e nepotismo.
Não compreendo mesmo como este governo opera. O interesse da nação e do povo são sempre postos em segundo plano, primeiro está sempre a sua agenda pessoal.
Gostaria de ver a cidade de Maputo limpa, bem cuidada, com passeios sem buracos e rebentados, sem fossas a derramar água limpa ou suja, com as ruas devidamente alcatroadas e cuidadas, sem lixo despejado em qualquer lugar e a transbordar por todo o lado, enfim, gostaria de ver uma cidade da qual todos nos possamos orgulhar, e se tivermos que dar um passeio a pé, possamos ter a certeza que não tropeçaremos em buracos abertos, que cheiraremos o cheiro só das flores das árvores/acácias, que respiraremos ar puro, etc.
Maria Helena
O problema da credibelidade Hoje, do governo, 'e no seu todo, nao so ao nivel da cidade de Maputo,
Ao se entrar numa "estrategia de descredibelizacao" de todos "activos intangiveis" do pais, que nao fizessem "coro" a gestao do pais, liderado pelo partido no poder, o governo "minou-se" a si proprio, depois de "amputar-se" da competencia que existia ate dentro do proprio partido no poder.
A solucao para a cidade de Maputo 'e a mesma que para o Pais todo, "buscar competencia" apartir da distribuicao de opurtunidades por merito.
Ja no que se refere a credibelizacao, ou credibelidade, essa de certeza depende a abordagem do governo na gestao do seu dia-a dia, e das decisoes logicas e racionais implementadas, "nao maquilhadas", mas implementdas com eficiencia, que por sua vez requer competencia, para que o niveis de eficacia possam gerar "retornos" em credibelidade.
Minha cidade das acácias...
O meu problema consiste em saber qual deve ser o método adequado para analisar e minorar ou resolver o problema. Limpar a praia é digno, mas no dia seguinte volta a ficar suja. Alguém me dizia que uma boa maneira de tornar o futuro diferente consiste em criar programas especiais nas escolas, desde o ensino primário. <enfm, talvez tudo comece a partir de um princípio do género: "Só sentindo a a cidade como nossapodemos cuidar dela".
Desculpe Professor,
Acho que Boa Educacao resolve todos os problemas, nao so da sujeira da cidade, mas ate a "sujeira da cabeca",
Mas o Nosso problema 'e que nao conseguimos "criar um consenso" sobre a melhoria de qualidade de educacao de base ( primaria primeiro exactamente por ser primaria, desculpe tambem a redundancia ) ao topo.
Assim, "esforcamo-nos" aqui, pacientemente e simpaticamente, para "remendar" eternamente, o que quase ja 'e "irremendavel".
Fazer o que ?
É deste "CARLOS SERRA" que eu gosto, quando dispara e coloca o dedo na ferida. Quando sai do campo sociológico das academias para velar no que também é seu e nosso: Maputo.
Com certeza, a cidade de Maputo (minha segunda maternidade depois de Tete) está muito longe de ser o que era. É triste que bela capital moçambicana esteja assim, tão suja. Poucas cimeiras são realizadas na cidade capital do que acontecia na era Chissano, talvez por isso ande suja. Casa que não recebe visitas é assim mesmo: anda sempre suja. Será que a limpamos em função das visitas?
Sacrificaram Comiche para colocar um pedagogo por execelência na edilidade, segundo dizem, para afastar o Dr. Namburete. Assim foi.
Comiche que tem a calma de um agricultor, sabe esperar e hoje só pode estar a rir-se. Já dizia o meu mestre DAVID ALONI quando lhe perguntei sobre as competências de Comiche "Viriato Dias, estás a falar de um grande homem. Foi ele, juntamente comigo, que atribuimos o termo "luta de 16 anos" para evitar termos pejorativos como "guerra de desestabilização, guerra civil, etc." Foi só uma deixa.
Saudades de ambos.
ZICOMO
Professor, a cidade de Maputo está, realmente, uma lástima, insuportável ... O pior é que, por um lado, continuamos a pagar tudo o que é imposto e até o que não devia sê-lo e, por outro, aqueles senhores que vivem das nossas contribuições nada fazem para justificá-lo. Quer dizer, eles sobrevivem às nossas custas com o compromisso de trabalharem, em troca, para o nosso bem. Mas eles não honram nenhum compromisso que assumiram, burlam-nos. E como se não bastasse, há quem diga que, como cidadãos, devemos fazer algo daquilo que os nossos burladores deviam fazer e não o fazem. Ulala, dupla burla voluntária...
Ademais, penso que a solução passa por remodelação corajosa e verdadeira do Governo, baseada em competências. Caso contrário, continuaremos a ter pessoal que está preocupada em resolver problemas que nunca foram problemas: mudar nomes dos distritos urbanos foi uma das prioridades de David Simango... que borrada
O professor falou das escolas e eu concordo. deveriamos fazer cartazes e colocar nas estradas e outras formas de educar a todos.
Mas eu insisto que a RADIO e a TV, sobretudo a financiada pelo Orçamento do Estado deveriam fazer a educação civica,atraves de spots positivos. acho essa via muito mais efectiva. Afinal nos contribuimos para esses meios de comunicação e temos direitode exigir isso. Pelo menos com a RADIO isso é mais evidente. Pagamos em varias ocasioes a taxa de radiodifusão e a RADIO e também aTV tÊm a OBRIGAÇÃO de fazer educação civica.
Mas nao so as radios publicas. As radios privadas, os restantes media privados deveriam também fazer esse trabalho de educacao civica, como em muitos paises isso acontece. e nao deveria ser por boa vontade, como um favor à sociedade, mas sim por obrigacao, por contrato com o Estado. E isso deveria ser plasmado nos contratos de autorizacao para p seu funcionamento.
Manuel Lobo
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