Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
5 comentários:
E a proposito, em Angola as coisas estao a comecar a aquecer...
Falou e disse!
Nos meus telemóvel e e-mail, recebo reiterados convites anónimos ( embora alegadamente orientados pelo plurínomo “Agostinho Jonas Roberto dos Santos”) para participar da manifestação que se diz vir ter lugar no dia 7 de Março, à semelhança e na sequência do que se vai passando no mundo árobo-muçulmano, com sucessos já consumados contra regimes pessoais, instalados durante décadas, na Tunísia e no Egipto; por enquanto.
Se eu estivesse convicto de completas semelhanças do nosso caso com os precedentes tunisino e egípcio, mesmo que não tomasse parte da manifestação, apoiaria com certeza, a iniciativa, sem vacilar. O problema é que tenho muitas dúvidas sobre a pertinência dum acto dessa natureza, aqui e agora. Por tantas razões que enumerá-las e fundamentá-las consumiria tantos “rios de tinta” e tempo aos meus leitores, baseado na minha experiência pessoal e nas constantes reflexões sobre as lições da História, da Ciência e Filosofia Política e do Direito; e sempre partindo do princípio da necessidade da exaustão dos meios pacíficos antes de qualquer recurso a meios aventureiros que podem custar o preço de vidas ou da deterioração maior dos níveis de precariedade humana com que convivemos.
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É evidente também que não alinho, de modo nenhum, com o actual Secretário-Geral do MPLA, o General Dino Matross, quando depois de alardear um “Cuidado que isto aqui não é nem Tunísia nem Egipto!” tenta explicar que aqui os “donos do poder” nunca contribuíam para que tal tipo de analogias fossem estabelecidas. Na verdade, é nesta hora que mais uma vez se evidencia que tenho toda a razão em divergir com a actual direcção do MPLA sobre a forma como devia terminar a alegada transição de regime.
Com efeito quando, com o fim da guerra em 2002, se devia continuar a prosseguir a abertura do país às regras democráticas que encetámos em 1991-92, com o consenso de todas outras principais forças políticas e sociais e sem qualquer perigo para a supremacia do MPLA na sociedade angolana, empurrado pelo grupo presidencial (em que não se distingue onde começa a presidência do partido e acaba a da República) a direcção actual desse partido aceitou subverter todo um conjunto de princípios consensuais que acabavam de ser sufragados pelas eleições legislativas de 2008: foi retirado o direito adquirido dos angolanos de elegerem directamente o Presidente da República, mesmo com poderes tão expressivos que quase apagam a força dos outros poderes soberanos; o actual Presidente da República, nessa altura já com 30 anos de exercício efectivo do poder, foi reconduzido, sem eleição, para cerca de mais três anos com plenos poderes; foi eliminada a possibilidade de candidaturas independentes; a tudo isso junte-se o apagamento material de vários direitos fundamentais formalmente enunciados na Constituição, durante os dias que correm. Como é que querem que as pessoas não estabeleçam semelhanças com os regimes que pela África e pelo Mundo ainda não apreenderam que com fechaduras e autismos, mais cedo ou mais tarde não se vai a lado nenhum?
A História ensina que só regimes transparentes e respeitadores das normas consensualmente estabelecidas se subtraem à emergência de situações imprevistas e que por vezes podem ser incontroladas. Independentemente das consequências desses convites para certa manifestação, provenientes de alguma platónica caverna, uma lição deve ser tirada da sua simples alusão: como políticos deste tempo, deixemos de fazer da política um campo de exercício para os nossos próprios caprichos para fazermos dela um palco de transparência e promoção da participação de todos os cidadãos. Assim, nunca teremos, com certeza, o surgimento de convites clandestinos para manifestações, que são um direito consagrado interna e internacionalmente. Doutro modo, não estaríamos aqui apavorados nas nossas incertezas e desconfianças.
Temos que acabar de vez com os pretextos para acções clandestinas, neste tempo (que não começou ontem!) onde mais do que a riqueza material e o poder político que tanto ofuscam alguns, o conhecimento e as novas tecnologias de informação são o verdadeiro novo poder, ao serviço das liberdades e de outros direitos dos povos. Não há regresso na História. Só as aparências é que por vezes nos iludem.
In www.marcolinomoco.com
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“OU VIVEMOS TODOS JUNTOS COMO IRMÃOS,OU MORREMOS TODOS JUNTOS COMO IDIOTAS!
(Dr. Martin Luther King)
O meu "pai adoptivo", Mugabe, está a falhar mesmo. Mas também ele já está velho, estou a tratar do asilo dele. O Karim está disposto a recebê-lo na Índia, não é amigo?
Zicomo
Como 'e teu "Pai Adotivo", vou ter que o respeitar,
Nao tenho alternativa,
Deixa-la vir, no maximo vou ter aguentar com piadas de mau gosto, de todos que me virem na companhia do teu "Pai Adotivo".
Mas, por uma Boa Causa, aguenta-se.
Obrigado Karim.
O meu "pai adoptivo" não é de todo mau, veja só: tem 7 diplomas universitários e é inteligente. Assim aprendes alguma coisa com ele. Não achas?
Vejo que os teus "irmãos" estão a dar dores de cabeça a Kadhafi. Agora diz que a culpa é de Bin Ladean. Qualquer coisa (até um morto) os tiranetes servem de bode expiatórios.
Zicomo
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