25 fevereiro 2011

O fim dos silêncios, dos segredos e das distâncias (6)

O chefe deve regulamentar as conversas da aldeia (provérbio congolês)
Coisas novas têm acontecido muito rapidamente. Tal como Lucky Luke dispara mais rápido do que a sua própria sombra, essas coisas novas surgem mais rapidamente do que o próprio novo. Isso, a propósito de dois fenómenos: o WikiLeaks e os sismos sociais no Norte de África e no Médio Oriente, um e outro amplamente descritos e analisados neste diário.
Na verdade - prosseguindo esta série - o WikiLeaks (o seu fundador poderá ser brevemente extraditado para a Suécia para aí responder pela acusação não de crimes de uso de segredos de Estado mas, coisa perversa da vida, de crimes sexuais) trouxe para as vias públicas deste nosso vasto e moderno mundo muitos dos segredos que fazem o dia-a-dia da gestão dos Estados, segredos de hegemonia ou da sua busca, segredos de alianças e de desentendimentos, segredos de guerras ou da sua preparação, segredos de corrupção, segredos de roubos e de crimes, segredos de espionagem, segredos da vida íntima, segredos de amor e ódio, segredos, enfim, do cesarismo político moderno. Todo um vasto e diversificado mundo ao qual os povos regra geral não têm acesso.
Prossigo mais tarde.
Crédito da imagem aqui.
(continua)

Sem comentários: