Se é o homem é a medida de todas as coisas, a política é a medida de todos os heróis.
Vamos lá então avançar um pouco nesta encruzilhada samoriana.
Perguntei-me e perguntei-vos, em número anterior, quantos prismas é possível adoptar no tocante a Samora Machel, ícone nacional este ano tornado modelo político. E perguntei-me e perguntei-vos por quê.
Vou escrever um pouco sobre o que chamei prisma compósito.
Das mais variadas maneiras, aos variados níveis, Samora surge como o herói que carregava consigo múltiplas virtudes, mas, também - como se diz após a sua morte -, defeitos. Na verdade, a imagem de um Samora com defeitos é relativamente recente. Dizer que Samora tinha defeitos é como dotar o herói de uma componente afinal humana, é como convertê-lo aos seres normais. A construção de um Samora compósito - lenda e realidade, divino e terreno -, afinal um Samora real, faz-se entre dois extremos irredutíveis: aquele que consiste em atribuir-lhe uma natureza completamente diabólica (por exemplo, a do ditador comunista responsável pela origem de muitas desgraças) e aquele que consiste em atribuir -lhe uma perfeição absoluta (por exemplo, a de um pai social sempre preocupado com a sorte dos seus filhos). Talvez se possa dizer que o prisma de um Samora compósito é o menos politizado dos três prismas que propus, uma espécie de prisma transversal habitando, sem grandes sobressaltos, os vários grupos sociais do país.
Prossigo mais tarde (crédito da foto aqui).
Vamos lá então avançar um pouco nesta encruzilhada samoriana.
Perguntei-me e perguntei-vos, em número anterior, quantos prismas é possível adoptar no tocante a Samora Machel, ícone nacional este ano tornado modelo político. E perguntei-me e perguntei-vos por quê.
Vou escrever um pouco sobre o que chamei prisma compósito.
Das mais variadas maneiras, aos variados níveis, Samora surge como o herói que carregava consigo múltiplas virtudes, mas, também - como se diz após a sua morte -, defeitos. Na verdade, a imagem de um Samora com defeitos é relativamente recente. Dizer que Samora tinha defeitos é como dotar o herói de uma componente afinal humana, é como convertê-lo aos seres normais. A construção de um Samora compósito - lenda e realidade, divino e terreno -, afinal um Samora real, faz-se entre dois extremos irredutíveis: aquele que consiste em atribuir-lhe uma natureza completamente diabólica (por exemplo, a do ditador comunista responsável pela origem de muitas desgraças) e aquele que consiste em atribuir -lhe uma perfeição absoluta (por exemplo, a de um pai social sempre preocupado com a sorte dos seus filhos). Talvez se possa dizer que o prisma de um Samora compósito é o menos politizado dos três prismas que propus, uma espécie de prisma transversal habitando, sem grandes sobressaltos, os vários grupos sociais do país.
Prossigo mais tarde (crédito da foto aqui).
(continua)
1 comentário:
Excelente tema excelente título excelente análise.
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