Após tomar hoje - nesta noite - um café algures nesta bela cidade de Maputo, estive muito atento, em minha ultrapassada concepção de moda, a observar as sapatilhas (ampliem as fotos clicando com o lado esquerdo do rato sobre elas) dos rapazes de um feliz grupo de jovens: nada de atacadores, parte frontal ostensivamente franqueada, os fechos abertos por inteiro, como se desejosas de mostrar que são livres de acabar com o império dos sapatos pré-históricos com atacadores. Perguntei aos rapazes - felizes e irreverentes - por que usavam as sapatilhas daquela maneira, por que não usavam os fechos. Resposta: é a moda. Prontos. Entendi. Pedi-lhes para fotografar as sapatilhas, aquiesceram depois de me identificar. Olhem: sou um ferveroso adepto das coisas sem importância. As sapatilhas que estais a ver não precisam de um manual de sociologia, eles são o manual, elas são relações sociais.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
08 dezembro 2009
O que interessa isso?
Após tomar hoje - nesta noite - um café algures nesta bela cidade de Maputo, estive muito atento, em minha ultrapassada concepção de moda, a observar as sapatilhas (ampliem as fotos clicando com o lado esquerdo do rato sobre elas) dos rapazes de um feliz grupo de jovens: nada de atacadores, parte frontal ostensivamente franqueada, os fechos abertos por inteiro, como se desejosas de mostrar que são livres de acabar com o império dos sapatos pré-históricos com atacadores. Perguntei aos rapazes - felizes e irreverentes - por que usavam as sapatilhas daquela maneira, por que não usavam os fechos. Resposta: é a moda. Prontos. Entendi. Pedi-lhes para fotografar as sapatilhas, aquiesceram depois de me identificar. Olhem: sou um ferveroso adepto das coisas sem importância. As sapatilhas que estais a ver não precisam de um manual de sociologia, eles são o manual, elas são relações sociais.
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2 comentários:
Essa moda vai passar logo, logo, como já passou noutros paises
De facto era interessante saber as razões deste pessoal não apertar os atacadores?
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