Há indicadores de que os movimentos do presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, estão a ser cerradamente vigiados. E, provavelmente também, os de figuras séniores desse partido.
Tendo anunciado manifestações de protesto contra os resultados eleitorais de 28 de Outubro, inicialmente em tom violento, situando-as depois na lei e no pacifismo, Dhlakama viu virar-se contra si e contra a Renamo toda a máquina policial preventiva do Estado. A esse nível, Nampula - onde Dhlakama está a residir - viu reforçado o seu dispositivo policial.
Formalmente, Dhlakama parece ser vítima da sua "natureza violenta" (expressão do agrado de certos sectores), parece não ter tido em conta a musculada resposta adversária, parece ter-se citadinamente esquecido de que foi comandante de guerrilha, parece ser agora prisioneiro de um erro táctico na sua estratégia manifestacional.
Porém, pode acontecer que o que se está a passar tenha sido deliberadamente previsto por ele, pode acontecer que estejamos perante um percurso táctico rigoroso numa estratégia política bem mais ampla do que pensam certos quadrantes.
Tendo anunciado manifestações de protesto contra os resultados eleitorais de 28 de Outubro, inicialmente em tom violento, situando-as depois na lei e no pacifismo, Dhlakama viu virar-se contra si e contra a Renamo toda a máquina policial preventiva do Estado. A esse nível, Nampula - onde Dhlakama está a residir - viu reforçado o seu dispositivo policial.
Formalmente, Dhlakama parece ser vítima da sua "natureza violenta" (expressão do agrado de certos sectores), parece não ter tido em conta a musculada resposta adversária, parece ter-se citadinamente esquecido de que foi comandante de guerrilha, parece ser agora prisioneiro de um erro táctico na sua estratégia manifestacional.
Porém, pode acontecer que o que se está a passar tenha sido deliberadamente previsto por ele, pode acontecer que estejamos perante um percurso táctico rigoroso numa estratégia política bem mais ampla do que pensam certos quadrantes.
(continua)
5 comentários:
Coloquemos a questão em pratos limpos. Se a PRM matar Dhlakama agora, o que é que acontece?!
Algumas hipóteses:
a) 3 meses de protestos nacionais e internacionais;
b) Algumas escaramuças urbanas, possivelmente, aumento da criminalidade suburbana;
c) O seu sucessor pede uma audiência a Guebuza, "patrocinada" por Mazula ou qualquer chancelaria ocidental, em nome da estabilidade nacional e regional, para se chegar a um novo acordo político. Guebuza "cede", mas impõe o desarmamento incondicional da RENAMO como pré-condição para qualquer conversa. A RENAMO cede;
d) Aumento de actos de sabotagem a linhas férreas, torres de energia, autocarros, chapas de autoria "desconhecida", raptos de estrangeiros, moçambicanos brancos, asiáticos e mulatos. Assassinatos macabros de alguns agentes económicos de peso (os descartáveis).
Estado de sítio declarado.
Estaremos oficialmente no Partido Único sine die, com argumentos de peso a sustentá-lo. Porque os fins, justificam sempre os meios.
Balanço final: em vésperas do Mundial, o país retoma o seu curso normal, com as suas tricas e futricas. Mas agora, à nossa única maneira.
E a luta continua!...
Boas hipóteses, essas. Acabo de chegar, mas um pequeno contratempo com a asma força-me a prosseguir a série mais tarde. Até já.
Dr.
Será que interessa nos a morte de Dlakama?
Ou Frelimo tenta proteger o homem pois como é sabido o homem arranjou muitos inimigos dentro da própria Renamo ( pode aparecer uma bala perdida e pumpa a corda rebentou);
E para terminar não acredito muito que a Renamo vá a guerra ou manifestações o leader está em Nampula esta com seu~s filhos e não é boa altura para começar nada.
Vou esperar para ver.
PS. Rápidas melhoras Prof.
Mário Litsuri
Prof., que percurso táctico? Que estratégia? O Dhlakama, já há muito, nos fez ver que não tem mais essas capacidades, senão não assistiramos a tantas cenas tristes com que nos tem abrilhantado nos últimos tempos. Parece que o homem perdeu toda a racionalidade. E fala sem pensar e medir as consequencias, muitas das vezes.
O Presidente da Renamo, Sr. Afonso Dhlakama, é muito mais perigoso morto, do que vivo.
E os estrategas da frelimo estão cansados de saber isso.
É deixar andar mesmo.
O "sistema multipartidário", a "democracia", em Moçambique, são assim mesmo.
Fazer o quê?
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