O novo livro da escritora, documentarista e jornalista canadiana Naomi Klein tem o título em epígrafe. Permitam-me sugerir-vos que o tentem adquirir. Eis a apresentação, na versão em português que comprei em São Paulo:
"O que o furacão Katrina de Nova Orleans tem a ver com as ditaduras da década de 1960 na América Latina? Qual é a relação entre o tsunami na Ásia e o massacre da Praça da Paz Celestial na China? Afinal, existe uma conexão entre a Guerra do Iraque e a democracia acorrentada da África do Sul?
A resposta, segundo a jornalista canadense Naomi Klein, é SIM.
Sua tese é a de que todas essas tragédias, naturais ou construídas, fazem parte do processo de ascensão do “capitalismo de desastre” – a forma atual que o sistema capitalista encontrou para se tornar hegemônico em lugares e situações em que até então ele não era. Exemplos? Em Nova Orleans, após o furacão Katrina, a educação foi reformulada – as escolas públicas foram, a partir de um “conselho” do economista Milton Friedman, privatizadas. Numa gafe tremenda, a secretária de Estado Condoleeza Rice declarou o tsunami uma “oportunidade maravilhosa” para a política externa americana.
Sob a “doutrina do choque”, o medo e o desespero se transformam em oportunidade de ganhar dinheiro. Das técnicas de tortura usadas pela CIA desde os anos 50 à instalação de resorts de luxo nas praias da Tailândia devastadas pelo tsunami, Naomi Klein mostra a lógica perversa de um sistema orientado pela busca do lucro. Um sistema que não produz diretamente as tragédias naturais, mas que não tarda em incorporá-las em sua agenda de negócios."
A resposta, segundo a jornalista canadense Naomi Klein, é SIM.
Sua tese é a de que todas essas tragédias, naturais ou construídas, fazem parte do processo de ascensão do “capitalismo de desastre” – a forma atual que o sistema capitalista encontrou para se tornar hegemônico em lugares e situações em que até então ele não era. Exemplos? Em Nova Orleans, após o furacão Katrina, a educação foi reformulada – as escolas públicas foram, a partir de um “conselho” do economista Milton Friedman, privatizadas. Numa gafe tremenda, a secretária de Estado Condoleeza Rice declarou o tsunami uma “oportunidade maravilhosa” para a política externa americana.
Sob a “doutrina do choque”, o medo e o desespero se transformam em oportunidade de ganhar dinheiro. Das técnicas de tortura usadas pela CIA desde os anos 50 à instalação de resorts de luxo nas praias da Tailândia devastadas pelo tsunami, Naomi Klein mostra a lógica perversa de um sistema orientado pela busca do lucro. Um sistema que não produz diretamente as tragédias naturais, mas que não tarda em incorporá-las em sua agenda de negócios."
2 comentários:
O Prof. deveria ver tambem o documentario por ela realizado por alturas da crise Argentina de 2000. "The Take"!
Pena não ter visto. Mas pode crer que tentarei saber como lá chegar. Muito obrigado.
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