Na última página do semanário "Savana" existe sempre uma coluna de saudável ironia que se chama "A hora do fecho". Naturalmente que é necessário conhecer um pouco a alma da vida local para se saber que situações e pessoas são descritas. Deliciem-se com a "A hora do fecho" desta semana:
* Os tradicionalistas moçambicanos estão desapontados. O Governo não está virado para a “cultura africana” de fazer machamba à custa de queimadas e da devastação de florestas e solos e decidiu finalmente agir. O que se está a passar em Manica e Sofala é uma calamidade e como calamidade deve ser tratado. Se um determinado vice-ministro xipepho tivesse voto na matéria vetava certamente a iniciativa…
* O parque dos animais do Limpopo já conheceu melhores dias, ou eventualmente nasceu torto de tantos interesses ali se degladiarem. O antigo director não aqueceu o posto, fartou-se de passar vales, o que, finalmente, deve ter feito chegar a mostarda ao nariz de sua excelência. Para apagar um novo fogo, lá foi despachado o bom do Baldeu, tarimba de décadas, incluindo Niassa e Gorongosa.
* Há um director no ministério do comércio que anda num frenesim imenso para tentar despachar duas estatais emblemáticas, que nos tempos faziam parte dos protocolos de visitas das eminências do socialismo. A Vidreira e a Mabor estão a apodrecer e não há quem lhes pegue. É tchovar, tchovar, que alguém há-de pegar, ó companheiro Sérgio.
* Os “kambas” tal, como os seus “camaradas” do Índico, quando toca a eleições, para além dos vários exércitos que põem de prevenção, usam também a arma da observação eleitoral, porque é sempre importante, na óptica deles, “estar infiltrado em terreno inimigo”. O problema é que os moços, e moças também, comportam-se como verdadeiros polícias das assembleias de voto. Dá para entender?
* Daviz Simango exonerou, na terça-feira, três vereadores por alegada conspiração, contra ele, que culminou com a sua substituição por Manuel Pereira na corrida ao Município da Beira. Fernando Mbararano, delegado político provincial da “perdiz”, está na lista dos vereadores exonerados por Simango. O que mostra que ainda há muito pano para mangas na Beira rebelde.
* O futuro de Daviz Simango, no partido do DHL, está em banho maria, por alegada violação da disciplina partidária. Os próximos dias serão determinantes para o filho de Urias Simango, que poderá seguir o caminho do Raúl Domingos e companhia. Nem os ventos que vêm de Angola dão para o tio Dhlakas perceber o que está em jogo?
* O Banco Central pintou um quadro negro, na quarta-feira, sobre o desempenho da economia. Basicamente, o Governo não vai conseguir cumprir com as metas que se propôs para este ano. Justificação: factores exógenos e cheias do início do ano. Podem conferir os números com o ministro da costa nampulense, que diz que cobre tudo, especialmente cortes de doadores malcriados.
* A agravar o panorama sombrio, Moçambique caiu no ranking do Doing Business 2009, passando a situar-se na 141ª posição, num universo de 181 países. D. Lulu, será que com estes sobe-e-desce vamos conseguir cumprir com o objectivo de tornar o país o melhor da SADC por volta de 2015?
Em voz baixa
* A frel vai reunir-se esta semana em Comité Central para decidir aquilo que até o mais distraído já sabe: eleger o candidato presidencial do partido para 2009. Muita mola estatal vai ser drenada para discutir o óbvio.
* O parque dos animais do Limpopo já conheceu melhores dias, ou eventualmente nasceu torto de tantos interesses ali se degladiarem. O antigo director não aqueceu o posto, fartou-se de passar vales, o que, finalmente, deve ter feito chegar a mostarda ao nariz de sua excelência. Para apagar um novo fogo, lá foi despachado o bom do Baldeu, tarimba de décadas, incluindo Niassa e Gorongosa.
* Há um director no ministério do comércio que anda num frenesim imenso para tentar despachar duas estatais emblemáticas, que nos tempos faziam parte dos protocolos de visitas das eminências do socialismo. A Vidreira e a Mabor estão a apodrecer e não há quem lhes pegue. É tchovar, tchovar, que alguém há-de pegar, ó companheiro Sérgio.
* Os “kambas” tal, como os seus “camaradas” do Índico, quando toca a eleições, para além dos vários exércitos que põem de prevenção, usam também a arma da observação eleitoral, porque é sempre importante, na óptica deles, “estar infiltrado em terreno inimigo”. O problema é que os moços, e moças também, comportam-se como verdadeiros polícias das assembleias de voto. Dá para entender?
* Daviz Simango exonerou, na terça-feira, três vereadores por alegada conspiração, contra ele, que culminou com a sua substituição por Manuel Pereira na corrida ao Município da Beira. Fernando Mbararano, delegado político provincial da “perdiz”, está na lista dos vereadores exonerados por Simango. O que mostra que ainda há muito pano para mangas na Beira rebelde.
* O futuro de Daviz Simango, no partido do DHL, está em banho maria, por alegada violação da disciplina partidária. Os próximos dias serão determinantes para o filho de Urias Simango, que poderá seguir o caminho do Raúl Domingos e companhia. Nem os ventos que vêm de Angola dão para o tio Dhlakas perceber o que está em jogo?
* O Banco Central pintou um quadro negro, na quarta-feira, sobre o desempenho da economia. Basicamente, o Governo não vai conseguir cumprir com as metas que se propôs para este ano. Justificação: factores exógenos e cheias do início do ano. Podem conferir os números com o ministro da costa nampulense, que diz que cobre tudo, especialmente cortes de doadores malcriados.
* A agravar o panorama sombrio, Moçambique caiu no ranking do Doing Business 2009, passando a situar-se na 141ª posição, num universo de 181 países. D. Lulu, será que com estes sobe-e-desce vamos conseguir cumprir com o objectivo de tornar o país o melhor da SADC por volta de 2015?
Em voz baixa
* A frel vai reunir-se esta semana em Comité Central para decidir aquilo que até o mais distraído já sabe: eleger o candidato presidencial do partido para 2009. Muita mola estatal vai ser drenada para discutir o óbvio.
8 comentários:
Beira continua a fervilhar com a candidatura independente de Deviz
Vai Dhlakama ousar em expulsar Daviz? Hehehehehe. O melhor é tudo saia da boca dele. Mas penso que desta vez o olhar será dos estatutos e a lei dos partidos
Gostaria de saber que sectores sociais podem ou poderão apoiar Simango e Pereira. Uma hipótese: pequena e média burguesias do lado de Simango, habitantes dos bairros populares e desempregados do lado de Pereira. Creio que Pereira tem um discurso muito populista, capaz de impressionar quem carece de ser impressionado...
Prof. Serra, será que os manifestantes na Munhava, não podem constituir amostra do que está perguntando?
Por hipótese, sim.
tenho estado atento a esta situacao da Beira. ate agora ja falei com mais de 10 pessoas de posicao social diferente , residindo nos bairros de mtacuane (3) , Esrurro (2)munhava ( 4) manha ( 2) e Pontagea (5 ) deste universo estao pessoas no nivel de escolaridade de varia de 3 classe ate a licenciatura.a idade mais elevada na minha pesquisa foi de 79 anos ( tios dos meus pais ) e residente na parte intima da zona da munhava.sinal comum é que vao votar no deviz quando as presidencias e 30% dizia que vai votar na frelimo , claro restantes na Renamo ou PDD
Muito interessante o que registou, pese embora a pequenez da amostra.
agora estou me lembrando que nao levei em conta um aspecto importante.quase que 80 % dos inquiridos sao Ndaus ,o que logo a prior a estatistica fovorece a Deviz uma vez que o voto etinico dos senas pode beneficiar ao Perreira .empobrecendo neste caso a actual tedencia do meu inquerito.mas em todo caso uma coisa em comum, as pessoas dizem que o Deviz tem um trabalho visivel e nao gostaria de ver a Beira a dar passos de retorno.
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