Prossigo esta série, na qual escrevo não sobre a violência doce, mas sobre a violência violenta.
No número anterior escrevi um pouco sobre a economia política da violência na era colonial e, a esse propósito, referi-vos a palmatória.
No número anterior escrevi um pouco sobre a economia política da violência na era colonial e, a esse propósito, referi-vos a palmatória.
O problema é que, com a independência nacional, as tecnologias de punição e dor não só não foram eliminadas quanto ganharam, até, uma visibilidade ampla.
Se, por exemplo, em 1981, o presidente Samora Machel declarou que os castigos corporais estavam proibidos no país, dois anos depois, a 31 de Março de 1983, o governo introduziu a lei da chicotada pública.
A revolução enrijeceu-se face ao avanço da guerrilha da então Resistência Nacional Moçambicana, actual Renamo. Se juntarmos às chicotadas os fuzilamentos, teremos, então, um quadro bem mais sombrio.
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