Programa Questão de fundo, Rádio Moçambique, 20 horas, hoje. Figura do programa: Idalina (nome fictício), rapariga dada como tendo 13 anos. Foi interceptada quando supostamente se preparava para raptar uma criança no mês passado. Em vários depoimentos que fez em várias instâncias, sempre do mesmo teor, Idalina afirmou que já raptara cinco crianças do sexo masculino, com idades entre dois e quatro anos. Que o fez a mando de um tal Sr. Alves - afirmou. Esse senhor apenas queria crianças do sexo masculino com as idades referidas- asseverou. Não conhecia esse senhor e as crianças eram entregues através de intermediários - disse. Pelas cinco crianças alegadamente raptadas, Idalina recebeu no total 200 meticais (cerca de oito dólares, CS), dinheiro que serviu para se alimentar - acrescentou. Aluna da 5.ª classe numa escola dos subúrbios da cidade de Maputo, com comportamento normal segundo a directora (apenas se sabe que um dia procurou surripiar um celular numa casa alheia) e aproveitamento suficiente, Idalina escapou a um possível linchamento quando supostamente procurava raptar a sexta vítima e populares enfurecidos a perseguiam, tendo ficado à guarda protectora de uma escola. Órfã de pais, ambos falecidos de SIDA (o pai quando Idalina tinha sete anos), vive, segundo o jornalista que dirigiu o programa, em situação de extrema pobreza com a avó materna. Uma psicóloga afirmou que a vulnerabilidade social de Idalina era propícia a actos como o agora relatado. Um jurista considerou que se devia ponderar melhor na idade da rapariga.
Comentário: faltam muitos dados nesta história que tentei resumir. Mas também sinto que há nela dados suficientes para reflectirmos. Se alguém ouviu o programa e acha que cometi erros no relato, corrija-me por favor. E querem os leitores comentar este caso?
1 comentário:
Nenhum erro na síntese, eu ouvi o programa, história que faz chorar.
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