25 abril 2008

Inédito

É francamente inédito: o Correio da Manhã de hoje grafou de forma correcta em português (texto na imagem à esquerda) dois nomes de países que invariavelmente aparecem grafados em inglês na nossa imprensa: Zimbabwe e Malawi. Dura luta esta entre o w e o u. E luta também nos acentos: à economia inglesa dos acentos responde o português com a severidade e a variedade acentuais.

7 comentários:

Anónimo disse...

Professor,
Não vi como escreveram, mas, quanto aos acentos, se foi ZIMBÁBUÈ,como também é habitual entre nós(Zóbuè, Marínguè, etc), e forma com a qual eu concordaria,violaram as normas do português. O acento grave, pelo que está estipulado, só pode ser usado em contracções do tipo (à) a+a, (àquele) a+aquele. Em minha opinião, este é um aspecto que devíamos ter "imposto" na discussão do acordo ortográfico. Não o fizemos, e, assim, deveremos escrever Zimbabué se quisermos ser cumpridores.
Fátima Ribeiro

Anónimo disse...

Afinal vi que constava da postagem do Professor a forma como grafaram as palavras, que confirma o que eu disse anteriormente.
Fátima Ribeiro

Carlos Serra disse...

Ai!!!!!!!!!!!!!Então também tenho grafado mal o...Zimbabué.

Anónimo disse...

Não estou para falar de problemas ortógraficos mas sim do regresso dos anonimos ao blog.

Acho inteligente a atitude tomada, tipico de pessoas que respeitam as opiniões do cidadão Moçambicano independentemente de ter ou não e-mail no google.

Acho também que foi notoria a queda do grafico de visitas.

Muitos de nós não somos anonimos porque vontade propria, mas sim por ser rapido postar um comentário.

Parabéns

Maxango

Anónimo disse...

É, infelizmente, verdade, Professor!
E, quanto ao uso do k, do w e do y - que com o Acordo entram para a língua portuguesa - veja o que diz a Base I:

2º) As letras k, w e y usam-se nos seguintes casos especiais:
a) Em antropónimos/antropônimos originários de outras línguas e seus deriva­dos: Franklin, ftankliniano; Kant, kantistno; Darwin, darwinismo: Wagner, wagneriano, Byron, byroniano; Taylor, taylorista;
b) Em topónimos/topônimos originários de outras línguas e seus derivados:
Kwanza; Kuwait, kuwaitiano; Malawi, malawiano;
c) Em siglas, símbolos e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional: TWA, KLM; K-potássio (de kalium), W-oeste (West); kg-­quilograma, km-quilómetro, kW-kilowatt, yd-jarda (yard); Watt.

Sendo assim, "malawiano" está/estará correctamente grafado em português.
Fátima Ribeiro

P.S. Sobre a questão dos "anónimos": Eu gostaria muito de mostrar a minha identidade em destaque, mas há um bloqueio qualquer que não me permite. Por acaso consegui fazê-lo quando esteve fechada a entrada a anónimos. Já criei outra identidade, mas o problema persiste.

Carlos Serra disse...

Obrigado pelo esclarecimento, Fátima.

Anónimo disse...

Professor, note bem:
Entre "Zimbabué" - forma tradicional em Portugal, mas estranha para nós e passível de conduzir a erro de pronúncia - e "Zimbabwe", que entre nós coexiste com a variante desviante das normas da grafia do português "Zimbábwè", sou claramente a favor de Zimbabwe, que o Acordo também permite.

Fátima Ribeiro