Foi Friedrich Nietzsche quem um dia escreveu, em seu belo "Considerações não actuais", que o excesso de história mata o homem e que o culto dos monumentos era uma fuga à vida. A vida, afinal, defendeu, era a riqueza de nos instalarmos "no limiar do instante" (sic). Pois é (cartoon reproduzido daqui).
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
03 outubro 2007
Pois é: história mata a vida
Fonte digna de crédito disse-me que se prepara a demolição dos campos de jogos de Escola da Maxaquene na cidade de Maputo para serem substituídos por um glorioso parque de estacionamento de automóveis. Esses campos têm décadas de vida, de jovens, de jogos, têm uma memória viva, táctil. Enquanto isso, na Beira, o velho edifício dos Correios está a ser demolido.
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3 comentários:
Por glorioso parque de automóveis devemos entender, parque para estacionamento ou, para venda de viaturas importadas (em 2a mão e/ou recondicionadas)?
tanto para um, como para outro caso, anteve-se um cenário muito triste.
Xi xamuáli sabe barriga deste tempo tem filho de futuro passado não tem lugar no chapa.
Tem razão, tinha-me esquecido de acrescentar o "de estacionamento".
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