1. Deixámos de fazer a auto-crítica (auto-crítica que, afinal, mesmo quando feita, acaba na auto-defesa).
2. A criminalidade existente no país é sintoma de descontentamento social. Importa conhecer as causas desse descontentamento.
3. Existe exclusão social no país (p. 4).
Em meio a tanta frase-feita e a tanto tudo-está-bem, é agradável ouvir quem pode criticamente pensar contra a corrente dos bem-pensantes.
5 comentários:
Professor! Acho que o Dr Mazula quiz mostrar que no país ainda temos compatriotas preocupados com a verdade.
Fiquei sem visitar este blog por 15 dias porque estive na sua terra (Tete) em missão de serviço e não perdi a oportunidade de conhecer KUDECA. Graças a Deus ainda não destruiram para dar lugar ao maldito Hotel.
Jorge Saiete
Uauuuu!!!! Fico feliz por ter estado em Tete!!! E feliz tb por saber que não destruíram o Kudeka. Comeu pende, cabrito, provou a nossa maçanica? O nosso Zambeze continua grande, caudaloso e protegendo os espíritos manhungwe?
Comi tudo, professor! Nao deixei de trazer cabrito, maçanica e malambe, fiquei por saborear Pande. A provincia tem muita riqueza que infelismente não tem sido explorada o suficiente.
Trabalhei em Changara e Chiuta e visitei Moatize, fiquei maravilhado pelas riquezas mas triste porque não são muito bem explorados.
O presidente da localidade de Chipiri no posto Aministrativo de Kazula em Chiuta me dizia por exemplo que as familias normais têm (cada uma) acima de dez cabeças de cabrito para além de um significativo número de bovinos mas não têm onde comercializar. Os poucos compradores que por lá passam, definem o valor pelo qual querem comprar e isto prejudica os camponeses.
O Kudeka está intacto, apesar de o municipio ter autorizado a construção de bombas de combustivel na entrada (num local improprio), para além dos camiões que dificultam o acesso, mas deu para saborear o prato da casa (mbuzi "cabrito") e ouvir estoria maravilhosa da terra. Duas dessas estórias, fixei e não me vou esquecer, uma sobre as incursões dos Nhacocos "crocodilos" no Zambeze a procura dos que não respeitam a tradição e dos misteriosos elefantes do interior da provincia que aterrorizam os camponeses.
Vi dois empreendedores (desamparados), a irmã Adelia em Changara e o senhor Eusébio em Chiuta. Dois exemplops de luta pelo desenvolvimento mas que, infelismente, ninguem os ajuda.
Jorge Saiete
Amei o relato que fez, ele está exactamente como é a minha bela terra. Mas não me disse se o complexo turístico que estava para ser aberto no Matundo o foi realmente...Nãi me lembro do nome do proprietário, mas é gente da terra.Abraço!
infelismente não tive essa informação porque teria o visitado. tentarei me informar da proxima vez que por lá passar.
jorge saiete
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