"A capital do país, Maputo, tem sido nos últimos anos uma escala preferida dos “médicos” tradicionais ou praticantes da medicina tradicional estrangeiros, que de forma regular se fazem a Moçambique ou fixam residências com o propósito de exercer a sua actividade." - leia aqui um trabalho da jornalista Anabela Massingue.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
7 comentários:
Digamos que são os "salvadores profissionais" os vendedores da fé. Já Dizia Gilberto Gil que eles prometem a salvação contando que primeiro agente pague. E Diz ainda que eles dizem que tem como abrir os portões do céu e pela qualidade de vida que a cidade grande leva, julgo ser um bom palco de actuações...
Justamente! O mercado é vasto.
Que acção de fiscalização exerce o Estado sobre eles? Como é que os responsabiliza pelas suas acções de "cura"? E que receita dão eles ao Estado? E, se não dão, porquê? E ... e...?
Já coloquei aqui, faz tempo, esse tipo de problemas. Mas creio que a atribuição ao fenómeno de uma natureza cultural "intrínseca" afasta qualquer possibilidade de o analisar melhor.
com tantos problemas sociais, o afluxo de curandeiros a cidade de Maputo torna-se inevitavel, afinal eles prometem a salvacao e vida eterna...
Esse um campo que a IURD, por exemplo, tem sabido explorar muito bem, com um zelo empresarial e uma capacidade de perceber as fragilidades sociais inigualaveis.
Oscar González Quevedo fala muito destas questões...
Enviar um comentário